Lira afirma que Congresso continuará liberal e reformista

O presidente da Câmara também criticou os institutos de pesquisa, que, segundo

ele, erraram bem acima da margem de erro

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), fez uma análise das
eleições deste domingo e afirmou que o Congresso Nacional continuará liberal e
reformista para discutir os temas que importam ao País. Segundo ele, ainda neste
ano a Câmara poderá discutir em Plenário a reforma administrativa e dar
andamento à reforma tributária. Lira destacou ainda o crescimento dos partidos
de centro para a próxima legislatura. As afirmações foram feitas em entrevista à
Globonews no início da tarde desta segunda-feira (3).
Arthur Lira também criticou os institutos de pesquisa, que, segundo ele, erraram
bastante com diferenças, bem acima da margem de erro, entre o resultado final
da eleição e os projetados na véspera do pleito. Segundo ele, é preciso ajustar a
conduta dos institutos para as próximas eleições. Há deputados, inclusive,
propondo uma CPI para investigar as pesquisas eleitorais no País. “As empresas
de pesquisa não devem ser usadas para conduzir o eleitorado, por isso temos que
votar propostas que responsabilizem esses institutos”, disse Lira.
Reformas
“Neste ano, ainda dá para discutir a reforma administrativa. A partir da próxima
semana, a gente pode voltar ao andamento da tributária e instalação de CPIs,
mas o que temos que discutir é uma boa regulamentação de empresas de
pesquisa e de sua divulgação para não ter disparidade e, depois, todo mundo ficar
se explicando”, destacou o presidente.
Emendas de relator
Na entrevista, Lira foi questionado se a baixa renovação da Câmara teria a ver
com as emendas de relator. Lira afirmou que o orçamento é municipalista e
atende às demandas da população. E disse ainda ser errada essa visão de que o
Orçamento pertence ao Executivo. Segundo ele, não dá para creditar derrotas e
vitórias ao Orçamento, porque se trata de um instrumento democrático e
legítimo.
“Vou falar muito de Orçamento, discutir de quem é a atribuição: você quer
orçamento feito pelo relator, distribuindo pelos senadores e deputados ou a volta
do mensalão ou aquela humilhação que o parlamentar leva um chá de cadeira de
cinco horas de um ministro para pedir recurso? ”, questionou Lira.
“Estamos avançando com relação à transparência. Essa crucificação do
Orçamento, como ocorreu no primeiro turno, tenho certeza de que esse assunto
será aclarado para a população”, afirmou.

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