Lula assume nesta terça (4) a presidência do Mercosul.

A liderança do Brasil vai até o final de 2023 e deve priorizar a integração da região. Lula viaja nesta segunda para a Argentina e Cúpula do Mercosul acontece dia 4.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja, nesta segunda (3), para Puerto Iguazú, na Argentina, para a 62ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul. A reunião ocorrerá nesta terça (4), quando o Brasil recebe do país vizinho a presidência temporária do bloco econômico.
Lula assumirá a liderança do Mercosul em meio a tensões com a União Europeia sobre o acordo de livre comércio entre os dois blocos. A presidência temporária do grupo – formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai – terá duração de seis meses e vai até o final de 2023.

A grande expectativa é pela conclusão do acordo Mercosul-União Europeia.
Além do acordo entre Mercosul e União Europeia, outros dois temas podem ser debatidos durante a liderança de Lula no bloco: o desejo do governo uruguaio, do presidente Luis Alberto Lacalle Pou, de firmar um acordo de livre comércio com a China, intenção que desagrada a Brasil e Argentina, além do retorno da Venezuela ao Mercosul.
Apesar da importância, os temas devem ficar de fora das decisões da cúpula no encontro desta terça. Todos os países da América do Sul estão convidados para a Cúpula do Mercosul, nos dias 3 e 4 de julho.
O Brasil deve assumir também o comando de outros dois organismos multilaterais até o fim do segundo semestre, o G20 (bloco das 20 principais economias do mundo) e o Conselho de Segurança das Nações
Unidas. Mercosul x União Europeia Durante entrevista coletiva, nesta quinta (29), em Brasília, o secretário de
Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, embaixador Maurício Carvalho Lyrio, explicou que o governo brasileiro está terminando a avaliação de pontos do acordo Mercosul-União Europeia para apresentar aos parceiros do bloco e depois levar ao grupo econômico europeu.
A posição crítica do governo brasileiro quanto às recentes exigências da União Europeia para o acordo com o  Mercosul também foi destacada pelo diplomata.
Ele disse que se trata de “um processo que não é tão rápido, porque os acordos são muito delicados, exigiram um trabalho de coordenação interna muito intenso. O governo, na verdade, se iniciou há seis meses, então é um processo que exige muito cuidado da nossa parte. E, por isso, o governo brasileiro se dedicou nesse período a fazer essa
avaliação. Acho que estamos muito próximos de apresentar aos parceiros do Mercosul as nossas avaliações e, posteriormente, apresentar aos parceiros da União Europeia”, disse.
Integração A principal mensagem a ser levada por Lula, neste novo mandato como líder do Mercosul, será a retomada da integração entre os países da região. Durante a reunião desta terça, Lula deve reforçar esta posição.
Segundo a embaixadora Gisele Maria Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Itamaraty, o Brasil quelevar ao encontro a mensagem de “repriorização” do bloco e a integração da região no comércio e em outras áreas como infraestrutura, saúde e defesa. Padovan também comentou sobre o interesse do governo brasileiro
numa eventual volta da Venezuela ao bloco. “[Se o Brasil] pretende levar [esse tema à reunião], eu diria que não. Agora, se é interesse do Brasil ter a Venezuela de volta? Sim. Mas para isso precisam ser cumpridas certas condições, as condições de ingresso de qualquer país do Mercosul”, disse a embaixadora.

Fonte: Vermelho

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