Ministros do TSE enxergam ambiente favorável para tornar Bolsonaro inelegível

A ação mais promissora é a que questiona a reunião de Bolsonaro com
embaixadores para atacar o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas
Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ouvidos por Andréia Sadi, do g1,
enxergam um ambiente favorável neste momento para julgar ações que podem
culminar na inelegibilidade de Jair Bolsonaro (PL).
São 16 ações que miram o ex-ocupante do Palácio do Planalto, mas, na avaliação
dos magistrados, a mais promissora é a que questiona a reunião de Bolsonaro
com embaixadores estrangeiros. Na ocasião, Bolsonaro fez quase que uma
palestra – baseada em informações falsas – para explicar por que o sistema
eleitoral brasileiro e as urnas eletrônicas não seriam confiáveis.
O entorno de Bolsonaro acredita que ele pode sim ficar inelegível. E mais: teme
sua prisão. Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TSE, no entanto,
avaliam que a prisão ainda não deve ocorrer.
Existe uma corrida contra o tempo nos bastidores do TSE para colocar em pauta
essas ações por causa de uma questão de composição da corte: em maio,
Lewandowski se aposenta e, além do STF, deixa a vaga de titular do TSE. Para a
vaga, hoje, assumiria Kassio Nunes Marques, aliado de Bolsonaro e que, entre
outras ações, poderia pedir vista e interromper esse julgamento caso o tema
fosse jogado para o segundo semestre. Circula nos bastidores do STF uma
avaliação de que, diante da gravidade dos acontecimentos de 8 de janeiro, o
julgamento tornou-se prioridade e que é possível um outro arranjo para que
Nunes Marques não assuma a vaga de Lewandowski", explica a reportagem.

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