Negacionismo do governo Bolsonaro na pandemia gera mais custo ao país, diz estudo do Ipea.

Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) mostra que países com pior êxito no combate à pandemia de Covid-19 foram também os que sofreram as maiores perdas na economia. Por consequência, tiveram que lançar mão de pacotes fiscais mais generosos para tentar reduzir os impactos da doença em termos econômicos e sociais.


O Brasil, sob a gestão negacionista de Jair Bolsonaro, é um exemplo: o país, até o momento, registrou mais de 570 mil mortos pelo coronavírus, sendo o segundo país com o maior número de óbitos em termos absolutos, e sofreu uma queda de 4,1% no PIB em 2020. O tombos só não foi maior porque R$ 524 bilhões foram injetados em despesas adicionais somente no último ano.


Como o distanciamento social é uma das medidas mais eficazes para o controle da pandemia, era esperada uma redução na atividade econômica mundial, tendo em vista a impossibilidade da realização de determinados serviços laborais. No Brasil, porém, Bolsonaro colocou na rua um discurso de que a economia precisaria ser a prioridade, visto que os futuros impactos econômicos, segundo ele, seriam tão ou mais graves do que o número de mortes pela Covid-19, classificada pelo chefe do governo como “gripezinha”.


O estudo do Ipea, elaborado pelo economista Rodrigo Orair, que já foi diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, indica que medidas para reduzir a disseminação da Covid-19 também ajudam na redução das consequências econômicas e sociais da crise. “Aqueles que não conseguiram controlar a crise sanitária tiveram muitas mortes, tiveram mais perdas econômicas e sociais. Na medida em que os danos econômicos e sociais são maiores, eu preciso gastar mais para mitigar esses danos econômicos e sociais. Quem fez a lição de casa, fez a estratégia de achatamento (da curva de casos e mortes) bem feita, informou a população, tomou medidas de precaução, conseguiu evitar a crise sanitária, evitou os danos econômicos e sai com o sistema econômico social mais resiliente”.

Fonte: Agência Sindical

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