Novo pacote neoliberal de Paulo Guedes desagrada sindicalismo de A a Z

Outra iniciativa do governo Bolsonaro prejudica a classe trabalhadora e os mais
pobres. Terça (5), o Executivo entregou ao Congresso um pacote composto de
três Propostas de Emenda à Constituição – a Emergencial, a de Fundos Públicos e
a do Pacto Federativo. Haverá menos investimentos em saúde, educação e
precarização dos serviços públicos.
O pacote do ministro Paulo Guedes cria gatilhos que impedem União, Estados e
Municípios de fazer novos investimentos nos setores anunciados, autoriza reduzir
jornadas e salários de servidores e acaba com reajustes de benefícios sociais com
base na inflação.
Abismo – João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical,
afirma que as Centrais divulgarão nota unitária contra as PEC’s. Segundo Juruna,
o pacote aumenta a desigualdade cada vez mais grave no País. “O pacotão de
Guedes aumenta o abismo social. Diminuir o papel do Estado é prejudicar saúde e
educação dos mais carentes”, afirma.
Incompetência – Segundo presidente da CUT, Sérgio Nobre, o governo é
incapaz de criar projetos de desenvolvimento econômico com justiça, inclusão e
geração de emprego decente. Para o dirigente, o pacote de medidas de Bolsonaro
e Paulo Guedes atira pra todos os lados, porém, “prejudica especialmente os mais
pobres, e mostra, mais uma vez, que o governo não tem propostas pra aquecer a
economia, que está estagnada”.
Para Sérgio Nobre, o governo erra ao reduzir os investimentos, preocupado com a
dívida pública, porque, “a cada Real investido na economia, mais da metade
voltam em forma de impostos; com mais dinheiro circulando, mais a economia
cresceria, mais empregos seriam gerados”, ressalta.
Estagnação – Para o economista Marcio Pochmann, o que parece ser uma
medida necessária pra não estourar as contas do governo, expõe a incapacidade
da equipe econômica em retomar o crescimento.
Pochmann alerta: “Essas áreas têm investimentos fixos de acordo com a
Constituição. Como a PEC Emergencial abre a possibilidade de reduzir os gastos
com servidores, haverá um impacto enorme. Vai faltar médico no posto de saúde,
policial nas ruas e professor em sala de aula”, afirma o economista, referindo-se à
imposição da redução de jornada e de salários.
Conta – O economista analisa que como há aumento da dívida pública, sem
crescimento econômico, e o governo se recusa a aumentar os impostos dos mais
ricos e taxar as grandes fortunas, quem vai pagar a conta são os mais pobres. “O
Brasil pode ficar pior do que o Chile. Porque os chilenos nunca tiveram um serviço
público de saúde gratuito e não têm educação universalizada como os brasileiros.
Se nos retirarem esses direitos podemos chegar ao caos, ainda pior do que o
Chile”, ele afirma.
Mais – Acesse o site da CUT e da Força Sindical.

Fonte: Agência Sindical

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