Núcleo duro da Transição negocia PEC com validade de dois anos

Texto prevê excepcionalizar o Bolsa Família do teto de gastos. Ideia inicial do
governo eleito era tirar o benefício dos limites do teto de forma permanente
Integrantes do “núcleo duro” da transição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) negociam junto ao Congresso Nacional a validade de dois anos para a PEC da
Transição, que visa excepcionalizar o Bolsa Família e outros benefícios – cerca de
R$ 198 bilhões – do teto de gastos. A avaliação é de que há mais chances de
aprovar o texto com validade de dois anos.
Segundo Basília Rodrigues, da CNN Brasil, a transição definiu um núcleo duro
da equipe – um núcleo de articulação política – para evitar desencontros de
declarações Somente estes nomes dessa equipe mais restrita de interlocução
com os outros partidos, com o Congresso, é que têm de fato as respostas sobre
quando virão os ministros, quando sairá o texto de consenso da PEC da
Transição
Se aprovada, a PEC com o prazo de dois anos seria um caminho intermediário
entre o que desejava o PT, que era deixar o Bolsa Família por quatro anos (ou por
tempo indeterminado) fora da regra do teto de gastos, e o que defendem
parlamentares autodeclarados independentes e da base bolsonarista, que
sugerem a exceção à regra fiscal apenas em 2023. Nos últimos dias, a partir de
conversas com esse núcleo duro da articulação política, eles parecem ter chegado
a mais um consenso, em torno de dois anos. Então se um [ano] é pouco, quatro é
demais. Seria uma PEC com Auxílio Brasil excluído por dois anos
O prazo de dois anos serviria para que o governo eleito possa tomar ciência da
real situação das contas públicas, além de assegurar o pagamento do benefício,
no valor de R$ 600, para as famílias cadastradas pelo período previsto. Além
disso, o prazo possibilita que o governo eleito articule uma nova política fiscal.

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