Número de trabalhadores com deficiência caiu mesmo antes da pandemia

Em abril, 8.810 pessoas com deficiência perderem o emprego


Há cada vez menos pessoas com deficiência (PcD) no mercado de trabalho formal brasileiro. A situação se agravou com a pandemia de Covid-19, mas já estava em curso no começo de 2020, antes mesmo do início da crise sanitária imposta pelo novo coronavírus. É o que aponta o primeiro boletim informativo sobre o tema lançado pelo Núcleo de Pesquisas sobre Mercado de Trabalho e Pessoas com Deficiência do Cesit da Unicamp.


No Brasil, a contratação de PcD pelas empresas com cem ou mais funcionários é obrigatória e conta com legislação específica (Lei Nº 8.213/1997, Decreto Nº 3.298/1999 e Decreto Nº 5.296/2004). A despeito do direito conquistado, a participação desses trabalhadores era minoritária em 2019, atingindo cerca de 1,1% do estoque total de empregos no País.


Em 2020, segundo as informações prestadas pelas empresas acerca das admissões e desligamentos de seus funcionários, demonstradas no Caged, do Ministério da Economia, houve perda de postos de trabalho, mesmo antes da pandemia. Contudo, o pico de desligamentos ocorreu no mês de abril, com 8.810 vínculos de emprego – e segue negativo até julho de 2020.


O saldo de empregos formais, resultante das admissões e desligamentos, corresponde a eliminação de 21. 487 vínculos de trabalhadores brasileiros com deficiência no período de janeiro a setembro de 2020. Houve saldo positivo apenas em agosto e setembro, com 1.863 postos de trabalho a mais.

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