Trabalhadores protestam em Brasília nesta quarta por política econômica com desenvolvimento

Ato organizado por centrais sindicais e movimentos sociais quer mudança de

rumos e uma nova agenda para o país

Trabalhadores de várias categorias vão protestar nesta quarta-feira (30), em
Brasília, para cobrar mudanças na política econômica e pedir uma agenda de
desenvolvimento para o país. O ato, marcado para as 10h, deverá receber
caravanas de outros estados, com bancários, metalúrgicos, petroleiros,
professores e servidores públicos, entre outros, e também desempregados. O
chamado Ato em Defesa da Soberania, Direitos e Empregos é convocado por
centrais sindicais e pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. A concentração
será no Teatro Nacional, seguida de passeata até a Esplanada dos Ministérios e ao
Congresso.
Em entrevista na semana passada, o presidente da CUT, Sérgio Nobre, afirmou
que o objetivo do ato é chamar a atenção para o fato de que o país está no rumo
errado – e que, se mantido, vai comprometer o futuro. “Se a população já
percebeu que o Bolsonaro não é uma pessoa em condições de governar o país, o
(ministro) Paulo Guedes não é uma pessoa em condições de dirigir a economia.
Se ele levar a cabo seu plano de abertura comercial, esse liberalismo exacerbado,
vai comprometer o futuro. O país precisa mudar de rota.”
Recentemente, as centrais, com elaboração do Dieese, atualizaram a chamada
agenda do desenvolvimento, destacando 23 itens para que o país retome o rumo
do crescimento econômico com justiça social. Segundo Sérgio Nobre, eleito há 20
dias para a presidência da central, apenas com investimento público o país
voltará a crescer. “Todos os períodos de crescimento econômico que nós tivemos
foi com intervenção do Estado, com investimento dos bancos públicos, em
especial BNDES e das empresas estatais, como fez a Petrobras que ao decidir
pela construção de plataformas no Brasil recuperou o setor naval brasileiro,
gerando milhares de empregos”, argumenta.
A secretária-adjunta de Relações de Trabalho da CUT, Amanda Corsino, diz que a
presença de desempregados na manifestação ajuda a mostrar que a venda de
estatais não atinge apenas uma categoria específica, mas toda a população,
prejudicada com aumento de tarifas e piora no atendimento. “O trabalhador que
não puder ir, avise a família e os amigos desempregados sobre a importância da
participação deles. Estamos defendendo a soberania nacional e isso passa pela
manutenção das empresas públicas. Este governo estagnou a economia, não gera
emprego, nem renda e o problema não é só dos trabalhadores das estatais, é de
todo brasileiro que vai pagar a conta”, diz Amanda, também presidenta do
Sintect-DF, o sindicato dos trabalhadores nos Correios do Distrito Federal.
As manifestações no Chile e o resultado da eleição na Argentina são fatores que
animam também os sindicalistas brasileiros, ao apontar que a população deseja
outro rumo. “No dia 30 de outubro daremos um recado a Bolsonaro e ao Paulo
Guedes de que este país e as empresas estatais são dos brasileiros e das
brasileiras e que não abrimos mão do patrimônio do povo brasileiro e do nosso
futuro”, afirma o presidente da CUT, com mais uma convocação: “Quem é normal
e não acredita que a Terra é plana tem de ir pra rua no dia 30 e participar das
mobilizações”.
Com informações da CUT

Fonte: Rede Brasil Atual

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