Bolsonaro aporta 94% menos recursos para combate à violência contra a mulher

Entre 2016 e 2019, orçamento para a área foi de R$ 366 milhões. No governo

Bolsonaro, foram apenas R$ 23 milhões.

Mais uma vez, a realidade desmente a retórica de Jair Bolsonaro (PL) de que seu
governo se preocupa com as mulheres. Sob o seu comando, foram propostos
94% menos recursos do Orçamento federal para políticas de combate à violência
contra a mulher na comparação com o anos imediatamente anteriores. Os dados
são do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc).
Entre 2016 e 2019, o Orçamento previu valores na ordem de R$ 366 milhões. Já
entre 2020 e 2023 — período que engloba todos os projetos enviados ao
Congresso pelo governo Bolsonaro — os recursos caíram para quase R$ 23
milhões para as políticas específicas contra a violência à mulher, cujos recursos
são carimbados.
Na avaliação do instituto, a proposta de orçamento para 2023 embute
“expressivos cortes nas políticas sociais em detrimento da garantia de direitos e
dos investimentos necessários para nos tirar da atual crise econômica e social”. O
Inesc salienta ainda que o orçamento reflete o “desmonte generalizado das
políticas sociais” no atual governo.
Em outro relatório divulgado em março, o Inesc apontou que no caso da execução
de 2021, a Casa da Mulher Brasileira, por exemplo, permaneceu negligenciada
pela então ministra Damares Alves: dos R$ 21,8 milhões autorizados para
execução, apenas R$ 1 milhão foi gasto, “acompanhando a lamentável série
histórica de execução deste recurso, já que em 2019 nada foi executado e, em
2020, penas R$ 308 mil dos R$ 71,7 milhões disponíveis”.

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