Bolsonaro prestará novo depoimento à PF, o quarto desde que deixou o cargo.

O ex-presidente já depôs sobre as joias recebidas de presente do governo saudita; o inquérito que investiga os mentores intelectuais do 8/1; e a falsificação do cartão de vacinação.

O ex-presidente Bolsonaro vai depor novamente à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (12), às 14h, desta vez no âmbito das investigações que envolvem o senador Marcos do Val (Podemos-ES).
O parlamentar, que está de licença médica, é acusado de obstruir as investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, quando os bolsonaritas invadiram e depredaram os prédios da Praça dos Três Poderes.

Após deixar o cargo, o ex-presidente já depôs sobre as joias recebidas de presente do governo saudita e não declaradas; o inquérito que investiga os mentores intelectuais do 8/1; e a falsificação do cartão de vacinação.
No caso do senador, em fevereiro deste ano, numa live com integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), ele revelou que Bolsonaro tentou coagi-lo a dar um golpe de Estado.
“Eu vou soltar uma bomba. Na sexta-feira, vai sair na Veja, a tentativa de Bolsonaro de me coagir para dar um golpe de estado junto com ele. E é lógico que eu denunciei”, afirmou.
O parlamentar, que também foi alvo de busca e apreensão pela PF, declarou ter participado de uma reunião com o ex-presidente e o ex-deputado federal Daniel Silveira com objetivo de colocar em prática um  plano para grampear o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Alexandre de Moraes.
O roteiro consistia, segundo o senador, marcar reunião e gravar conversa com o ministro para que forçasse um conteúdo que pudesse incriminá-lo e anular as eleições.
Em depoimento à PF, o senador mudou a versão. Disse que a ideia de gravar o ministro partiu de Daniel Silveira e que Bolsonaro não se opôs ao plano.
Ele não lembrava o local do encontro, ora teria sido no Palácio do Jaburu, ora no Palácio da Alvorada ou no Palácio do Planalto.
Outras versões foram apresentadas, inclusive a que ele teria usado a imprensa para mandar mensagens ao ministro do STF. Afirmou que usava de estratégia a fim de manipular a mídia e a Justiça.
“O objetivo foi atingido, e é claro que eu fiz essa manipulação de notícias desencontradas, mas um dia vocês podem entender isso daí”, afirmou na ocasião.
Assim, a PF não tem dúvidas de que o senador deu múltiplas versões para dificultar as investigações.

Fonte: Vermelho

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