Comitiva do governo está em Roraima para apurar violações aos direitos Yanomami

Uma comitiva com representantes do Ministério dos Direitos Humanos
está em Roraima para apurar a situação da crise humanitária que atinge

o povo Yanomami.

Pelo menos quatro representantes do Ministério dos Direitos Humanos e
Cidadania desembarcaram neste domingo (29) em Boa Vista, Roraima,
para apurar a situação dos indígenas Yanomamin e a responsabilidades
da tragédia humanitária.
O ministro da pasta, Silvio Almeida, explicou que a visita servirá de base
para a construção de um relatório que orientará a continuidade das
ações do governo. “A situação do povo Yanomami só será resolvida com
políticas públicas que tenham um caráter de longa duração, ou na

síntese perfeita do presidente Lula, com presença efetiva do Estado.
Informações necessárias serão colhidas para uma atuação assertiva”,
afirmou.
A comitiva realizará uma série de conversas com as lideranças de
entidades da sociedade civil que estão colaborando com a crise
emergencial na região. Tem conversa marcadas também com
autoridades do governo de Roraima, promotores de justiça e defensores
públicos.
Haverá reuniões também com representantes da Hutukara Associação
Yanomami (HAY), do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e
Ye’kuana (Condisi-YY), Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib),
do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), do Conselho Indígena de
Roraima (CIR), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), além do Instituto Socioambiental.
A previsão é que a visita a terra Yanomami ocorra nesta terça-feira (31).
Consta também na agenda da comitiva, uma reunião na sede da
prefeitura de Alto Alegre (RR) com membros da Secretaria Adjunta de
Assistência Social e conselheiros tutelares.
A comitiva é composta pela secretária-executiva do Ministério dos
Direitos Humanos e Cidadania, Rita Cristina de Oliveira; pelo secretário
Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel de Castro
Alves; pela secretária Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos
Humanos, Isadora Brandão Araújo e pelo Ouvidor Nacional de Direitos
Humanos, Bruno Renato Nascimento Teixeira.
Em entrevista ao Fantástico, deste domingo, a secretária-executiva, Rita
Cristina explicou a finalidade da missão. “O objetivo principal é fazer um
diagnóstico amplo da situação da violação de direitos humanos do povo
Yanomami. E para isso nós vamos fazer uma escuta ampliada da
sociedade civil, das lideranças indígenas, depois vamos conversar com o
governo local, com as autoridades locais, vamos mapear os
equipamentos públicos que podem receber apoio, suporte do Ministério
dos Direitos Humanos nas suas políticas de proteção e defesa dos
direitos humanos”, afirmou.
Além da atuação institucional, o ministério está atuando em parceria com
organizações da sociedade civil, como a Central Única das Favelas
(CUFA) e a Frente Nacional Antirracista, que estão mobilizadas em um
esforço emergencial conjunto para que se tenha condições de logística e
segurança para desempenharem seus trabalhos com doações de
alimentos e suprimentos de saúde.

Segundo o ministério, essa missão deve durar até a próxima quinta-feira
(2/2).

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