Consultor vê sindicalismo na escada rolante e aponta as três opções

O movimento sindical está numa escada rolante. A partir dessa imagem, o consultor João
Guilherme Vargas Neto descreve a situação do sindicalismo brasileiro hoje. Essa metáfora
foi exposta em entrevista ao programa Repórter Sindical, exibido quarta (4) e já disponível
no Canal YouTube da Agência Sindical.
Ele explica, com clareza: “O sindicalismo tem três opções. Se senta na escada e segue até
embaixo. Se precipita escada abaixo e comete suicídio. Ou tenta, contra o movimento da
escada, alcançar degraus acima”. A terceira opção, de resistência e mais difícil, é a tarefa
que compete, Vargas afirma, ante a conjuntura econômica e política duramente adversa.
Para Vargas Netto, há várias maneiras de subir a escada na contramão. “A resistência nos
locais de trabalho, o contato mais constante com a base, a busca de pagamento de PLR
(Participação nos Resultados), a sindicalização ou mesmo a ressindicalização de quem, no
auge da crise, se afastou da entidade de classe”, recomenda.
O experiente consultor vê reaproximação das bases com suas entidades. E explica: “No
pico da crise, devido à própria crise e à propaganda contra, o trabalhador se afastou,
passando a procurar saídas – nas igrejas, nos partidos e em outros locais. Não encontrou
solução e entendeu que devia voltar para o seu Sindicato”. Para João Guilherme Vargas
Netto é hora das direções pavimentarem esse caminho de volta.
Desemprego – Vargas avalia que o pouco apoio ao desempregado é uma das falhas do
sindicalismo – mundial – que cobre quem está empregado. Mas ele prega que a ação
sindical se amplie. Uma das ideais é garantir passe ao desempregado. “São Paulo tem lei
que garante isso, que aguarda regulamentação”, diz. E completa: “Muitos dormem na rua
porque não têm dinheiro da condução pra voltar às suas casas”.

Fonte: Agência Sindical

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