Dilma diz que poder do Brics cresce rapidamente e PIB já supera o do G7

A ex-presidente disse que, de acordo com o FMI, até 2028, os países do
Brics serão responsáveis por 35% a 40% do PIB global, enquanto a participação do G7 cairá para 27,8%

A ex-presidente da Republica Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (13),
durante reunião do World Government Summit, em Dubai, nos Emirados
Árabes Unidos, que o PIB do Brics já supera o do G7.
Dilma afirma que o poder do bloco econômico cresce rapidamente, o que
é uma boa base para entender a força que apoia o multilateralismo.
“Medidos pela paridade de poder de compra, os países do Brics já
respondem por 31,5% do PIB Global, superando o do G7, que

representam 30,8%”, diz a ex-presidente, que assumiu a presidência do
Banco do Brics em março de 2023.
A ex-presidente disse ainda que, de acordo com o FMI, até 2028, os
países do Brics serão responsáveis por 35% a 40% do PIB global,
enquanto a participação do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos,
França, Itália, Japão e Reino Unido, além da União Europeia) cairá para
27,8%.
Leia mais:  Brics expande influência global com adesão de cinco novos
membros
O Banco Mundial calcula que os países do Brics têm um PIB de US$
24,7 trilhões. O PIB da China chegou a US$ 17,7 trilhões em 2022, o
segundo maior do mundo. A Índia ficou em sexto, com US$ 3,17 trilhões,
seguida pela Rússia em 11º (US$ 1,7 trilhão), pelo Brasil em 12º (US$
1,6 trilhão) e pela África do Sul em 32º (US$ 419 bilhões).
O Brasil tem um comércio intenso com os países do BRICS. Em 2022, o
volume de transações chegou a US$ 177,7 bilhões, sendo US$ 99,4
bilhões em exportações brasileiras para China, Índia, Rússia e África do
Sul e US$ 78 bilhões em importações de produtos vindos desses países.
De janeiro a julho de 2023, o volume já atingiu US$ 102,3 bilhões (US$
63,2 bilhões em exportações e US$ 39 bi em importações).
A China, principal parceiro comercial do Brasil, comprou 90% de toda a
exportação brasileira destinada ao Brics, cerca de US$ 89,4 bilhões. A
Índia importou 6,3% (cerca de US$ 6,3 bilhões), a Rússia foi destino de
2% das exportações (US$ 1,96 bilhão) e a África do Sul, de 1,7% (US$
1,7 bilhão).
De acordo com informações do governo brasileiro, no sentido inverso,
78% das importações vindas do bloco foram de produtos chineses (US$
60,7 bilhões), seguidos dos indianos (11% ou US$ 8,9 bilhões), russos
(10%, US$ 7,9 bi) e sul-africanos (1,2% ou US$ 908 milhões).
No ano passado, o produto mais exportado pelo Brasil para os países do
bloco foi a soja, com 33% do total, seguida por petróleo (18%), ferro
(18%) e carne bovina (8,2%). Em contrapartida, os produtos mais
importados foram adubos e fertilizantes (10%), válvulas e diodos (8,9%),
produtos químicos (7,9%) e produtos de telecomunicação (5,3%).
O bloco econômico ganhou cinco novos membros neste ano: Arábia
Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia.
Esses países foram oficialmente convidados a integrar o grupo, elevando
significativamente seu alcance e poderio.

Fonte: Vermelho

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