Estrutura do governo Lula restaura organização sem aumento de despesas
Medida Provisória 1154/23 assinada por Lula reestrutura Esplanada dos
Ministérios para gestão pública eficiente e inovadora, com criação e
recriação de pastas.
O primeiro ato de Lula (PT) após assumir o terceiro mandato como
presidente da República foi assinar uma Medida Provisória (MP) de
reestruturação administrativa sem aumento de despesas.
Com a nova organização, o presidente visa dar maior celeridade em
diversas frentes de atuação do governo federal, com ministérios
específicos para áreas fundamentais para a sociedade brasileira. Com
a MP 1154/23 ficou estabelecido 37 pastas, sendo 31 ministérios e 6
órgãos com status de ministério .
No governo de Jair Bolsonaro (PL) eram 17 ministérios e seis órgãos
com o mesmo status.
Das 37 pastas de Lula, segundo a Agência Senado, 13 já existiam sob
Bolsonaro, 19 foram criadas a partir do desmembramento de outras
pastas, dois ministérios ganharam novo nome e outros três foram criados
– estes ou não tinham vinculação com estruturas anteriores, ou estavam
com atribuições pulverizadas em diversas pastas.
Com a medida importantes ministérios foram recriados como Cultura,
Esportes e Cidades, e novos foram estabelecidos como Povos Indígenas
e Igualdade Racial.
Somente do ‘superministério’ da Economia que era comandado por
Paulo Guedes foram desmembradas as pastas da Fazenda,
Planejamento e Orçamento, Gestão e Inovação dos Serviços Públicos, e
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, comandas
respectivamente por Fernando Haddad (PT), Simone Tebet (MDB),
Esther Dweck e Geraldo Alckmin (PSB).
Órgãos e Conselhos
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que estava
sob ordenamento do Banco Central e tem a responsabilidade de
combate à corrupção e lavagem de dinheiro, retorna para a Fazenda.
Outra importante mudança trazida pela MP é a recriação do Conselho de
Desenvolvimento Econômico Social Sustentável como órgão de
assessoramento do Presidente da República. Também houve o retorno
do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos para a
presidência, antes na Economia.
Os outros órgãos de assessoramento são: o Conselho de Governo; o
Conselho Nacional de Política Energética; o Conselho Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional; o Advogado-Geral da União; e a
Assessoria Especial do Presidente da República. Como órgãos de
consulta do presidente constam: o Conselho da República e o Conselho
de Defesa Nacional.
Já o Programa de Parcerias de Investimentos passa para o guarda-
chuva da Casa Civil, comandada por Rui Costa (PT), assim como a
Imprensa Nacional, que estava com Bolsonaro na Secretaria-Geral da
Presidência.
Confira a lista de ministérios de Lula:
Agricultura e Pecuária
Cidades
Cultura
Ciência, Tecnologia e Inovação
Comunicações
Defesa
Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar
Integração e do Desenvolvimento Regional
Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
Direitos Humanos e da Cidadania
Fazenda
Educação
Esporte
Gestão e Inovação em Serviços Públicos
Igualdade Racial
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
Justiça e Segurança Pública
Meio Ambiente e Mudança do Clima
Minas e Energia
Mulheres
Pesca e Aquicultura
Planejamento e Orçamento
Portos e Aeroportos
Povos Indígenas
Previdência Social
Relações Exteriores
Saúde;
Trabalho e Emprego
Transportes
Turismo
Controladoria-Geral da União
Órgãos com status de ministério:
Casa Civil da Presidência da República
Secretaria das Relações Institucionais da Presidência
Secretaria-Geral da Presidência
Secretaria de Comunicação Social
Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
Advocacia-Geral da União (AGU)
Agora a MP será analisada nos plenários da Câmara dos Deputados e
do Senado e sua aprovação em definitivo será feita até 2 de abril.