Inflação e pandemia devem desacelerar indústria nos próximos meses, diz Goldman Sachs

Economista do Goldman Sachs, Alberto Ramos, calcula que o resultado do mês, de alta de 0,4%, na série com ajuste sazonal, deixa um carregamento estatístico positivo de 1,3% para o primeiro trimestre.

A produção industrial desacelerou em janeiro, na comparação com dezembro, e no curto prazo pode esfriar mais por causa do aumento dos custos dos insumos e do recrudescimento da pandemia, afirma o economista Alberto Ramos, do Goldman Sachs, em nota.

Ramos calcula que o resultado do mês, de alta de 0,4%, na série com ajuste sazonal, deixa um carregamento estatístico positivo de 1,3% para o primeiro trimestre. Assim, se a produção não crescer em fevereiro e março este seria o resultado do período.

Ramos destaca o comportamento da produção de bens de capitais, que cresceu 4,5%, cujo nível está agora 21,8% acima do registrado em fevereiro do ano passado, período pré-pandemia. As outras três categorias econômicas: intermediários (+2,7%), duráveis (+1,6%) e não duráveis (+2,6%) também estão acima do nível de fevereiro, mas em magnitude muito menor.

Os dados do IBGE mostram que os bens de capital têm sido puxados por produtos destinados ao setores agropecuário e de construção civil, que têm tido desempenho mais favorável nos últimos meses.

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