Lula diz, no último comício, que trabalhador vai voltar a ter direito

No último comício antes do primeiro turno, o ex-presidente afirmou que o
povo merece viver dignamente, com saúde, educação e emprego

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado (24), em
Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, que os brasileiros têm o direito de
viver dignamente e que, por isso, seu compromisso é o de melhorar a
vida da população, com geração de emprego, aumento do salário mínimo

e políticas de inclusão social e voltadas para a melhoria do atendimento
à saúde e na educação. E que o trabalhador vai voltar a ter direito.
“Nós não queremos nada mais do que o direito de viver dignamente.
Nenhum ser humano precisa de favor do Estado. O que a pessoa quer é
trabalhar, e pelo seu trabalho receber um salário justo, e com esse
salário justo levar dinheiro para casa, e levar comida para casa”, disse.
Lula destacou que será necessário fazer um ajuste na reforma
trabalhista, colocando trabalhadores, empresas e sindicatos numa mesa
para negociar. “E trabalhador vai voltar a ter direito nesse país porque a
escravidão acabou.”
A um público presente na Praça Brasil, o ex-presidente afirmou que o
povo brasileiro aprendeu a viver melhor com as políticas criadas pelos
governos petistas e não merece passar pelo sufoco que está passando
agora, com a destruição imposta pelo governo Bolsonaro. “Me dispus a
ser presidente da República não para governar, para cuidar. Quero que
toda criança tenha direito a ir a um supermercado e escolher alguma
coisa para comer”, afirmou, ressaltando a responsabilidade de o estado
criar condições para que as pessoas vivam melhor e tenham
oportunidades.
“Está na Constituição, está na Bíblia e está na Declaração de Direitos
Humanos. As pessoas têm o direito de comer”, disse, prometendo a volta
de programas como o Minha Casa, Minha Vida, Farmácia Popular e a
criação de alternativas para garantir emprego aos jovens. “Eu quero que
eles saibam, eu vou voltar para que a gente possa mais, para que a
gente viaje mais, para que a gente utilize aquilo que a gente quiser. Eu
vou voltar porque é preciso gerar emprego nesse país, é preciso cuidar
do povo pobre, das crianças, é preciso cuidar da saúde.”
Sobre o fim do Farmácia Popular no governo Bolsonaro, o ex-presidente
questionou a razão que motivou o fim de um programa tão importante. E
anunciou que ele vai voltar a funcionar. “Como é que pode acabar com a
Farmácia Popular, gente? Como é que pode acabar com o dinheiro que
comprava fraldão para as pessoas idosas? Será que essa gente não tem
alma? Será que essa gente não tem coração? Será que essa gente não
tem um pouco de amor, de sensibilidade para saber que as pessoas
precisam comprar o remédio?”, questionou. “A gente não pode querer
que um aposentado, que ganha um salário mínimo, gaste 400 reais com
remédio. É preciso que o Estado garanta os remédios de uso contínuo
para as pessoas pobres desse país. E nós vamos fazer isso.”

Legado
O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, lembrou o legado do
ex-presidente Lula, como a geração de 22 milhões de empregos e a
valorização do salário mínimo e comparou com o Brasil de hoje, com a
volta da fome e milhões de famílias endividadas. “O pior de tudo é o
descaso com a vida das pessoas. O governo Bolsonaro é desumano e
autoritário”, afirmou.
O ex-prefeito Fernando Haddad lembrou dos avanços do governo Lula,
como a inclusão de jovens na universidade, a melhoria de vida que
permitiu, por exemplo, que as pessoas pudessem viajar de avião.
Enquanto falava, o candidato a governador de São Paulo perguntava
quantas pessoas da Zona Leste tiveram uma dessas oportunidades. Do
público, muitos respondiam. “Eu sou um, eu sou um”.

Ao lado de Lula, Haddad afirmou que a tarefa é retomar a democracia,
defender a liberdade e a justiça social. “O que estamos propondo não é
nenhum milagre. É retomar o projeto de emancipação de nossa gente de
nosso povo. Precisamos de Lula na Presidência da República. Esse
pesadelo tem que acabar no dia 2.”
O ex-governador Márcio França, candidato ao Senado, conclamou que
todos saíssem às ruas em busca de voto para Lula e Haddad para que
as eleições sejam resolvidas no primeiro turno. “A tarefa do mais um,
mais unzinho por dia. Capricha, liga para o vizinho, liga para o parente do
interior e peça um voto”, pediu.

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