Lula: vamos recuperar o poder de compra do salário mínimo

Ex-presidente defende política de valorização do salário mínimo como
forma de melhorar as condições de vida e de consumo do povo e gerar

dinâmica virtuosa para a economia

Lula e a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, durante coletiva. Foto: reprodução
Em entrevista coletiva realizada no começo da tarde deste domingo (23),
em São Paulo (SP), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a
economia voltará a crescer e que vai recuperar o poder de compra do
salário mínimo, com reajustes anuais que reponham as perdas da
inflação mais aumento real, como foi feito nos tempos em que ele esteve
na Presidência.
“No Brasil, sempre se usou dizer, antes do nosso governo, que não se
podia aumentar o salário mínimo porque causava inflação. E nós
provamos, durante todo o período que nós governamos, que a gente,
além de recompor o poder aquisitivo com a inflação, a gente dava um
aumento real com base no crescimento do PIB dos últimos dois anos. E
isso não causou nenhuma inflação”, disse.

Fazer a economia crescer
Lula afirmou que a economia suporta essa dinâmica porque as pessoas
ganhando mais vão gastar e consumir mais, o que aumenta a
arrecadação do governo. “É uma coisa que funciona perfeitamente bem”,
reforçou.
O ex-presidente destacou que os investimentos em políticas sociais que
garantam que as pessoas possam comer e viver decentemente são
importantes e reafirmou seu compromisso de, além de fazer a economia
crescer, gerar emprego e valorizar o salário mínimo, retomar o Minha
Casa, Minha Vida e garantir o Bolsa Família de R$ 600 com adicional de
R$ 150 para crianças de até seis anos.
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mínimo da inflação
Retomar obras do PAC
Lula acrescentou que vai estimular a economia no começo do governo
retomando obras do PAC que ficaram paralisadas. Além disso, o governo
vai impulsionar cooperativas e financiar pequenos e médios
empreendedores.
“Nós vamos voltar a organizar a economia envolvendo a sociedade para
que ela participe ativamente com a sua criatividade”, explicou,
destacando também a importância de o Brasil buscar investimento direto
em outros países, a partir da retomada de relações diplomáticas com

outros países do mundo, como Estados Unidos e China, além dos
africanos e europeus.
O ex-presidente voltou a destacar a necessidade de um governante ter
credibilidade e previsibilidade, além de garantir estabilidade para
retomada dos investimentos externos.

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