Luta sindical é a raiz do 13º, diz economista

Um ditado do Direito ensina que as boas leis nascem das lutas sociais. Assim é a
4.090, Lei pela qual o presidente João Goulart garantiu um décimo terceiro salário
a todo trabalhador a partir de 1962. A lei foi promulgada após fortes lutas,
incluindo greve de 18 dias.
O Dieese, com base nos dados da Rais, Caged e Previdência Social, traz dados
impressionantes sobre o benefício em 2023. Este ano, o pagamento chegará a R$
291 bilhões. Isso equivale a 2.7 do PIB. Cerca de 87,7 milhões de brasileiros
receberão 13º.
O professor e economista Rodolfo Viana responde pela Subseção do
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos no Sindicato
dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região. Ele informa que a categoria injetará R$
184.442.693,14 na economia.
O benefício deverá ser pago a 46.074 trabalhadores, em valor médio de R$
4.003,18. Esse valor supera em R$ 946,00 a média nacional. O economista
comenta: “O 13º salário sempre é muito bem-vindo para os trabalhadores. Trata-
se de um ganho que melhor o Natal da família”.
Geral – Em Guarulhos, segundo maior município paulista, os trabalhadores
formais injetarão R$ 1.378.041.240,31 na economia – o Orçamento Municipal
local, pra 2024, deve ficar em torno de R$ 6 bilhões.
Alegria – Em 1962, o advogado e ativista Chico Bezerra era metalúrgico na
Willys-Overland do Brasil. “A conquista pra todos foi uma explosão de alegria”,
ele diz. Para Chico Bezerra, “a lei assinada por Jango veio coroar um intenso
processo de lutas, onde se destacaram lideranças históricas, como Riani,
Tenorinho, Martinelli e outros dirigentes da época”.
Mais – www.dieese.org.br.

Fonte: Agência Sindical

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