Para combater trabalho escravo é preciso acabar com terceirização na atividade-fim, diz Paim

Ao destacar o recente caso envolvendo as vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi
e Salton, que contrataram uma empresa terceirizada que usava mão de obra
análoga à escravidão para fazer a colheita de uva no Rio Grande do Sul, o
senador Paulo Paim (PT-RS) disse, em pronunciamento na terça-feira (28), que
uma das formas de combater o trabalho escravo é acabar com a terceirização na
atividade-fim.
— A terceirização da atividade-fim potencializa a exploração da mão de obra e
precariza o trabalho da nossa gente. Qualquer processo de regulamentação da
terceirização, especificamente da atividade-fim, não pode transformar-se em
legalização do trabalho escravo porque trabalho escravo você não pode
regulamentar; você tem que proibir — declarou.
Paim ressaltou ainda que o episódio lamentável ocorrido na Serra Gaúcha não é
um fato isolado, específico do estado. Em sua opinião, isso acontece, em maior ou
menor grau, em quase todos os estados brasileiros. De acordo com ele, atos
dessa natureza ainda constituem uma “chaga” no Brasil e têm de ser combatidos
pelas autoridades. Os responsáveis, disse, devem ser exemplarmente punidos.

O parlamentar destacou também que o número de trabalhadores resgatados do
regime de escravidão ou de condição análoga vem aumentando nos últimos anos.
Em 2022 foram resgatados 2.575 nessas condições, pessoas que exerciam
atividades tanto na cidade quanto na área rural, atuando em vários setores da
economia, mas vivendo à margem da sociedade, desprovidas de seus direitos
como cidadãos.

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