Para Lula, as tarefas do presente se impõem ao calendário de 2022

Em pronunciamento no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (São Bernardo) nesta quarta (10), o ex-presidente Lula fez a melhor de suas falas desde que saiu da prisão em Curitiba. Falou o estadista, sem abandonar seu lado popular. O centro da fala pode ser sintetizado em quatro palavras: a tarefa é hoje. Ou seja, 2022 deve ser tratado no devido tempo.


Rodeado por dirigentes sindicais, de diversas correntes, o ex-líder metalúrgico defendeu o retorno do “salário Emergencial de R$ 600,00”, que é a grande reivindicação do movimento.


Outro item fundamental da pauta unitária das Centrais Sindicais – “vacinação pra todos, já” – foi diversas vezes citado em seu pronunciamento. Ele perguntou “Cadê o Zé Gotinha?”, numa crítica direta à falta de um plano nacional de vacinação.


Para o ex-presidente, “o País está sem governo”, tanto na gestão econômica, quanto na sanitária, tendo em vista o agravamento da pandemia. Terça, foram registradas 1.974 mortes pela Covid-19 em 24 horas.


Petróleo – Lula relacionou a derrubada da presidente Dilma à luta internacional pelo controle do petróleo – o pré-sal, na sua opinião, aguçou a cobiça das petroleiras norte-americanas.


Estado – Segundo o ex-presidente, é na crise – econômica e sanitária – que o Estado deve gastar, pra atender pessoas e estimular o mercado. “Quando o Estado investe, o investidor privado também se sente motivado”, disse.


O ex-presidente foi solidário às famílias dos 270 mil brasileiros mortos pela Covid-19. “A dor que a sociedade sente agora me faz dizer que a dor que sinto não é nada diante da dor de milhões de brasileiros e das 270 mil pessoas que viram a morte de seus entes queridos por causa da Covid-19”.

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