Produção industrial cai no primeiro mês do ano e está abaixo do patamar anterior à pandemia.

Também fica quase 20% abaixo do nível recorde, registrado em 2011. No pior janeiro em quatro anos, IBGE apurou queda nas montadoras e no setor de máquinas, entre outros


A produção industrial caiu 2,4% no primeiro mês do ano, em relação a dezembro, informou nesta quarta-feira (9) o IBGE. Na comparação com janeiro de 2021, a queda é de 7,2%. Foi o pior resultado para o mês em quatro anos. Em 12 meses, a atividade acumula alta de 3,1%.


Com esse resultado, o setor está agora 3,5% abaixo do patamar anterior ao início da pandemia, em fevereiro de 2020, e 19,8% abaixo do nível recorde, alcançado em maio de 2011. “Verificamos que o mês de janeiro está bem caracterizado pela perda de dinamismo e de perfil disseminado de queda, uma vez que todas as grandes categorias econômicas mostram recuo na produção, tanto na comparação com o mês anterior quanto na comparação com janeiro de 2021”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.


A retração de dezembro para janeiro atingiu as quatro categorias pesquisadas e 20 dos 26 ramos. O IBGE destaca as quedas nas atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,4%), indústrias extrativas (-5,2%), bebidas (-4,5%), metalurgia (-2,8%) e de máquinas e equipamentos (-2,3%), entre outras. Entre as altas, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,5%) e produtos alimentícios (1,4%).


A média móvel trimestral mostrou estabilidade: 0,1% no período encerrado em janeiro. Perdeu ritmo em relação ao anterior (0,8%).


Na comparação com janeiro do ano passado, mesmo com um dia útil a mais a indústria teve resultado negativo em todas as categorias econômicas, em 18 dos 26 ramos, 56 dos 79 grupos e 67% dos 805 produtos pesquisados. Destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (-23,5%), indústrias extrativas (-6,7%), produtos de borracha e de material plástico (-18,8%) e produtos de metal (-20,8%). A produção de automóveis caiu 298% e a de eletrodomésticos linha branca, 28,1%. Já a atividade de coque/petróleo cresceu 10%.

Fonte: Rede Brasil Atual

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