PSOL protocola representação contra Damares por crise dos yanomami

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados quer que a senadora Damares
Alves (Republicanos-DF) responda no Conselho de Ética do Senado sobre a crise
humanitária vivida pelos yanomami. Nesta quinta-feira (9) a sigla, que não
elegeu nenhum senador, protocolou uma representação contra a parlamentar no
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Casa.
Segundo o documento, assinado pelo presidente da legenda, Juliano Medeiros,
enquanto esteve à frente da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos, no
governo do ex-presidente Jair Boslonaro, Damares utilizou a máquina pública
para promover uma política “etnocida e racista” contra os povos originários, em
especial os yanomami.
“Em vez de promover uma ação articulada em defesa da vida, agiu com descaso e
ausência de medidas em proteção aos povos indígenas, impõe-se a abertura do
processo disciplinar e, ao fim do processo, a cassação de seu mandato”, diz a
representação.
O documento, que traz vários anexos de fotos feitas na Terra Indígena (TI)
Yanomami, ressalta ainda que a ministra perpetuou, junto ao ex-presidente da
Funai, Marcelo Xavier, e o ex-presidente Jair Bolsonaro, uma “política de morte”.
Caso a denúncia seja aceita e avance no colegiado, as penas previstas vão de
medidas disciplinares – como advertência, censura e perda temporária do
exercício do mandato –, até a mais severa: a perda do mandato.

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