Representação feminina nos parlamentos ainda é pequena

Levantamento da União Inter-Parlamentar (UIP) mostra que, quando analisadas
as eleições de 2022, participação das brasileiras nos parlamentos ficou abaixo da

média mundial e latino-americana

A luta das mulheres por mais espaço no mundo político produziu avanços no
Brasil, mas o machismo estrutural faz com que essa conquista esteja ainda muito
aquém do necessário para chegar perto da igualdade almejada. Relatório anual da
União Inter-Parlamentar aponta que nas eleições passadas, um número recorde
de mulheres passou a ocupar cadeiras no Poder Legislativo. Porém, o país está
abaixo da média global e mesmo latino-americana.
No Brasil, a participação de mulheres na Câmara de Deputados é de 17,7%,
contra apenas 16% no Senado e, segundo a UIP, no universo de 43 eleições
avaliadas no ano passado, o país atingiu apenas a 30ª posição, abaixo da
Somália, Guiné Equatorial, Bahrein e Quênia.
Quando se trata da disputa ao senado, analisando 19 pleitos do ano passado, as
brasileiras conseguiram conquistar apenas 13 assentos de um total de 81,
proporção que coloca o país na 16ª posição dentro desse conjunto de eleições.
Um avanço importante se deu na maior participação de mulheres negras
brasileiras na disputa, 4,8 mil de um total de 26 mil candidatas.
Mas, a desigualdade de gênero na política está longe de ser um fenômeno
somente brasileiro. Apenas seis países atingiram a paridade ou tiveram uma
presença maior de mulheres do que homens: Nova Zelândia, Cuba, México,
Nicarágua, Ruanda e Emirados Árabes.
Ainda segundo a entidade, em todo o mundo, apenas 26,5% das cadeiras de
todos os parlamentos estão sendo ocupados por mulheres, um aumento de
apenas 0,4% no ano, o mais baixo em seis anos. A UIP informa ainda que
continuando no ritmo atual, as mulheres levarão 80 anos para atingir a paridade
nos parlamentos em nível mundial.

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