Rodrigo Maia volta a defender controle dos gastos públicos

Para o presidente da Câmara, o foco não deve ser no valor a ser economizado
com a reforma da Previdência, mas o impacto das medidas na estabilidade e no

controle de gastos

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu uma reforma da Previdência
robusta que garanta a estabilidade e o controle dos gastos públicos, mas não fez
previsão do valor exato que poderia ser economizado.
A equipe econômica do governo pretende economizar mais de R$ 1 trilhão nos
próximos dez anos. Para Rodrigo Maia, o importante é avaliar o impacto das
emendas propostas ao texto.
“Uma economia de R$ 900 bilhões não é uma reforma ruim, mas quem sabe não
pode ser R$ 1, 1 trilhão? Então, não tem que focar no número, apenas ter como
referência e em cima desse número a gente tem que olhar as emendas à
proposta. Vamos chamar os líderes e mostrar o impacto para não fazer uma
reforma que não resolva a base dos problemas do Brasil, que é a estrutura dos
gastos públicos brasileiros”, defendeu o presidente.
Para Rodrigo Maia, a reforma é um primeiro passo para controlar os gastos
públicos, em especial, o crescimento anual da despesa previdenciária na ordem
de R$ 50 bilhões. O presidente da Câmara reafirmou que há outras pautas que
também são importantes para a retomada do crescimento econômico, como a
reforma tributária.
“A reforma tributária vai simplificar o sistema para que o setor privado volte a ter
mais interesse de investir no Brasil. Também há projetos que estão sendo bem
elaborados que garantem emprego mais rápido na base da sociedade, como o
setor da infraestrutura”, disse.
“A reforma da Previdência olha o passado e nós temos que olhar o futuro, de
como o Brasil vai se incorporar no século XXI”, completou o presidente.
Fraudes na aposentadoria
Rodrigo Maia também acredita que o Senado aprove a Medida Provisória 871/19,
aprovada na semana passada na Câmara. Entre outros pontos, a proposta
combate fraudes na aposentadoria rural. Hoje, é o prazo limite para que a MP não
perca a validade. Segundo o presidente da Câmara, essa MP corrige distorções e
dá tranquilidade para que o tema da aposentadoria rural seja retirado da PEC da
Previdência.
“Então, a gente vai resolver a aposentadoria rural sem retirar direito de ninguém,
não prejudicando o verdadeiro produtor rural, mas organizamos a contabilidade,
os números e a prestação de conta dos aposentados rurais. E garantimos uma
regra clara para que aqueles que estejam recebendo, são aqueles que, de fato,
são produtores rurais”, explicou.

Fonte: Agência Câmara

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