Saúde e remuneração são prioridades no grupo que discute regulação do trabalho por aplicativos

Representantes de empresas e dos trabalhadores procuram consenso para
apresentar propostas ao Congresso.

O grupo de trabalho criado pelo governo para discutir uma regulação da atividade
de aplicativos elegeu remuneração e saúde como prioridades iniciais das
discussões. As primeiras conversas ocorreram nesta semana, e a próxima reunião
está marcada para 4 e 5 de julho. Antes disso, um grupo menor vai tentar
adiantar propostas, durante encontros extraoficiais nos próximos 15 dias.
Para o secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Francisco
Macena, resolvidas as questões sobre remuneração mínima e saúde do
trabalhador, o debate deve “destravar”, facilitando a elaboração de propostas
para serem encaminhadas ao parlamento. “Ambas as questões são cruciais.
Vamos discutir a remuneração, vamos discutir as condições de trabalho, as
condições de saúde do trabalhador e depois entra a jornada mínima,
transparência. Passo a passo a gente vai conseguir ter uma regulamentação da
atividade no Brasil”, afirmou.
Durante a reunião, os representantes dos motociclistas reivindicaram a
remuneração mínima mensal, além de valores por corrida e serviço, paradas
extras e taxas de cancelamento. Além de negociação coletiva. Sobre o tema da
saúde, o presidente da Federação Brasileira dos Motociclistas Profissionais,
Gilberto Almeida, definiu a questão como uma “epidemia que afeta diretamente o
setor”.
Vontade de conversar
A pauta tinha pelo menos mais 10 itens. “Todos os pontos são extremamente
importantes, mas como a gente viu que estava difícil de levar tudo de uma vez,
trouxemos dois pontos para demonstrar que a gente está realmente com vontade
de vir à mesa e conversar”, afirmou o representante da categoria.
Por sua vez, as empresas pensam em oferecer um seguro contra acidentes para
complementar a proteção do sistema público de seguridade social. Em relação à
remuneração mínima, os empregados afirmam que o objetivo é “assegurar
expressamente que os trabalhadores recebam o equivalente ao salário-mínimo
nacional proporcional ao tempo efetivamente e comprovadamente trabalhado”.

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