Vargas Netto prega reação à queda salarial e ações pela sindicalização

Caiu o número de categorias que tiveram aumento real nas negociações do ano
passado. Segundo o Salariômetro da Fipe, o percentual passou de 75% pra 50%,
se comparado com 2018. E mesmo essas categorias tiveram aumentos pequenos,
da ordem de 1%.
Cerca de 25% das categorias não conseguiram repor a inflação e amargaram
arrocho salarial, enquanto 25% só conquistaram a reposição da inflação.
João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical e do Diap, trata do tema no
artigo “Responsabilidades maiores”. De acordo com Vargas, o resultado mostra
dificuldade imposta pela conjuntura política e econômica, aliada à “deforma”
trabalhista, pela Lei 13.467/2017.
Segundo o consultor, pra reverter esse quadro o sindicalismo deve trabalhar em
três eixos: sindicalização, campanhas salariais e enfrentamento da situação
política. “Considero que a sindicalização será uma das ações mais relevantes
deste ano, sem nos esquecermos das lutas conjunturais”, ele diz.
Deterioração – Vargas Netto comenta os números do mercado de trabalho que
impactam nessa ação. “Houve aumento na geração de emprego, o que é positivo.
Mas aumentaram os contratos intermitentes e temporários, com prazo de
trabalho determinado”, ele observa.
O consultor avalia que esse fator dificulta a ação sindical, mas não a impossibilita.
“O dirigente terá que analisar e detectar as características atuais do seu setor,
pra fazer o trabalho de sindicalização, a fim de diminuir a distância entre
trabalhadores e direções”, diz.
Para João Guilherme Vargas Netto, esses trabalhadores também se aproximarão
das entidades de classe ao sentir o alto grau de “precarização do trabalho”.
“Perceberão que o Sindicato é o principal instrumento de luta e defesa de seus
direitos”, conclui.

Fonte: Agência Sindical

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