1.159 bolsonaristas ficarão presos por atos golpistas em Brasília

Ao todo, 1.843 apoiadores de Bolsonaro foram inicialmente detidos no
acampamento ilegal que estava montado à frente do Quartel-General do

Exército

A invasão criminosa às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no último
domingo (8), custou caro para apoiadores do ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL). Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do
Distrito Federal, 1.159 envolvidos com a ação golpista permanecerão
presos no Complexo Penitenciário da Papuda.
Todos eles prestaram depoimentos à Polícia Federal (PF) entre segunda
(9) e esta quarta-feira (11). As mulheres – mais de 400 – foram levadas
para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal, enquanto os homens
estão no Centro de Detenção Provisória 2. Pelo menos 736 nomes de
golpistas presos já são públicos.
“No ginásio da PF, os detidos passaram por uma triagem e foram
submetidos aos procedimentos da polícia judiciária”, informa o G1.
“Depois, passaram a ser apresentados à Polícia Civil do DF, responsável
pelo encaminhamento dos detidos ao Instituto Médico Legal (IML) e,
posteriormente, ao sistema prisional.”
Ao todo, 1.843 bolsonaristas foram detidos no acampamento ilegal que
estava montado à frente do Quartel-General do Exército. Eles eram
acusados de participarem da invasão e depredação do Palácio do
Planalto, do Congresso Nacional e do STF (Supremo Tribunal Federal).
Boa parte desse contingente chegou a Brasília no final de semana em
caravanas.
Por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal
Federal), 684 golpistas foram liberados na terça-feira (10), especialmente
idosos, mulheres e crianças. Além disso, o STF determinou a
desmobilização do acampamento, que já foi completamente esvaziado.
Ao tomar depoimento dos bolsonaristas, a Polícia Federal buscou
identificar a cidade de origem desses golpistas, as condições sob as
quais se deslocaram  a Brasília e a eventual atuação deles nas redes
sociais. De acordo com a Folha de S.Paulo, “a PF também pergunta
quem financiou a viagem para a capital federal e, em caso de indicação
do financiador, qual o nome e telefone da pessoa”.
O inquérito trabalha com a hipótese de crimes de terrorismo, golpe de
Estado e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
O dano ao patrimônio público também é mencionado com destaque. O
vandalismo na Câmara dos Deputados, por exemplo, deixou um prejuízo
estimado em, no mínimo, R$ 3 milhões.

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