Assessores de Bolsonaro movimentam R$26 milhões de forma atípica

As informações constam de documentos enviados em conjunto com a
Receita Federal e foram enviados à CPI dos Atos Golpistas

Relatórios de movimentações financeiras apontam que assessores de o
ex-presidente Jair Bolsonaro movimentarem R$26,3 milhões entre 2020
e 2023. As contas foram avaliadas Conselho de Atividades Financeiras
(Coaf) como atípicas.
As informações constam de documentos enviados pelo Coaf e pela
Receita Federal à CPI dos Atos Golpistas. Segundo os órgãos, os
recursos são incompatíveis com patrimônio, atividade econômica ou
ocupação profissional e capacidade financeira dos suspeitos.

De acordo com o levantamento feito polo G1, Mauro Cid e seu pai,
Mauro César Lourena Cid, movimentaram R$13,5 milhões e R$5
milhões, respectivamente. A receita mensal de ambos, no entanto, é de
R$23.896,43 e R$17.152,89, respectivamente.
Para atingir tamanha quantia em dinheiro, o tenente-coronel Mauro Cid
teria que acumular seu salário durante 564 meses, ou 47 anos, enquanto
seu pai, não poderia gastar seus rendimentos mensais durante 710
meses, ou 59 anos.
São investigados os ex-ajudantes de ordens Mauro Cid, Luis Marcos dos
Reis, Osmar Crivelatti, Luiz Antonio Gonçalves de Oliveira, Jairo Moreira
da Silva, Adriano Alves Teperino, além do pai de Mauro Cid, Mauro
César Lourena Cid, gerente do escritório da Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em Miami.

Familiares da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro também foram
flagrados com movimentações suspeitas. Antonio Braga Firmo Ferreira e
Maria Helena Graces de Moraes Braga, tios de Michelle, movimentaram
R$131 mil e R$95,2 mil, respectivamente.
O Coaf suspeita que as movimentações sejam fruto de lavagem de
dinheiro, uma vez que os saques eram realizados em dias úteis e em
valores inferiores aos limites estabelecidos. Essa seria, segundo o órgão,
uma forma de dissimular o valor total da operação.
Além disso, de acordo com os documentos, as contas entre os
assessores se comunicavam através de transferências. São inúmeros
casos transações entre os próprios ex-ajudantes de ordens de
Bolsonaro. No total, as transferências entre essas pessoas somaram
171,4 mil reais.
Fonte: Vermelho

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