Briga no PL por votação da reforma tributária lembra implosão do PSL.

A confusão foi exposta pelo O Globo que divulgou neste domingo (10) a troca de xingamentos no grupo de WhatsApp da sigla.

Comemoração da aprovação em primeiro turno da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados.

Os radicais bolsonaristas do PL não estão dando trégua aos 20 integrantes da legenda que contribuíram para aprovar na semana passada o projeto de reforma tributária na Câmara dos Deputados. “Barraco no WhatsApp” foi como O Globo classificou uma confusão entre eles neste domingo (10). A troca de xingamentos no grupo envolveu expressões como “traíras”, “melancias” e “extremistas.”
O fato é que o quiproquó remeteu a outro episódio pelo qual Bolsonaro e seus seguidores, da mesma forma, implodiram o PSL ao tentar tirar do cargo Luciano Bivar então presidente da legenda.
Em 2019, a bancada do PSL rachou após Bolsonaro exigir o controle financeiro e dos diretórios nos estados. Bivar não cedeu. Depois, o partido então se fundiu ao DEM na formação do União Brasil.
Por exemplo, numa das mensagens um deputado observou: “Tá igual o PSL”.
Após bloquear todas as mensagens no grupo, o líder da sigla na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), afirmou que a legenda “não será o novo PSL”.
“Vamos tratar desta questão nesta semana, vamos conversar, sim. Um deputado não pode coagir o outro e ficar fiscalizando, sem que o partido tenha fechado questão sobre o tema. Isto não será aceito no PL. O PL
não se tornará o novo PSL”, disse ele.
“Não tememos debandada, já que contamos com a fidelidade partidária e os mandatos são do partido, mas as lideranças precisam conversar e conter os ânimos, sim”, prosseguiu.
Mesmo assim, um grupo de deputados do partido não descarta ir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para deixar sigla sem a perda do mandato.
Confusão
De acordo com o Globo, o conflito esquentou quando Vinícius Gurgel (PL-AP) passou a reclamar dos chamados “extremistas”. “Só não fico ofendendo nas redes sociais quem vota de um jeito, então peço respeito, cada um tem seu eleitor!”, postou o parlamentar. Em seguida, ele se posicionou: “Não sou esquerda e nem de direita, sou
conservador somente! Se quiserem pedir minha suspensão de comissões, expulsão, do jeito que vier tá bom! Não é comissão que vai me eleger!.”
A bolsonarista Julia Zanatta (PL-SC) respondeu: “Não sei por que tanto choro (…) Se tinham tanta certeza do voto, por que estão se explicando até agora?.”
No mesmo sentido, Júnio Amaral (PL-MG) provocou: “Essas tentativas de justificar o voto aqui no grupo da bancada fica parecendo que nós, bolsonaristas, somos otários para acreditar que se trata de um posicionamento verdadeiro a favor do texto, me ajuda aí. Como se ninguém soubesse como funciona.”
“Amigo, pede minha expulsão! Aqui não tem clima mais com vcs!!”, devolveu Gurgel.
Após o barraco, segundo analistas, o PL de Bolsonaro nunca mais será o mesmo, haja vista que a tendência é de que as brigas se acentuem daqui para frente, o que vai influenciar nos processos eleitorais.

Fonte: vermelho

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