Denúncias de assédio eleitoral explodem após 1º turno, diz MPT.

As denúncias de assédio eleitoral cresceram – e muito – após o primeiro turno das
eleições. É o que diz o boletim do Ministério Público do Trabalho.
Até o dia 2 de outubro, quando ocorreu a votação do primeiro turno, 45 registros
de ocorrências foram feitos ao órgão. O segundo turno nem terminou e o número
de denúncias não para de crescer, somando, até agora, 447 registros.
O número já é maior que o registrado em toda a campanha eleitoral de 2018. À
época, o MPT recebeu 212 denúncias de assédio eleitoral envolvendo 98
empresas — menos da metade dos registros de 2022, até o momento.
Importância da denúncia
O procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, ressalta que o
assédio eleitoral no ambiente de trabalho pode ocorrer de diversas formas. Não
há uma forma específica. Por exemplo, o empregador reúne os empregados na
sua empresa e fala taxativamente. Se você votar fulano, eu vou pagar um décimo
quinto salário. Tem empregadores que dizem que vão dispensar, inclusive no
âmbito doméstico, ou que força você usar camisas para determinado candidato,
afirmou. Em razão da multiplicidade de possibilidades, o procurador-geral
afirmou: é importante a sociedade denunciar
Embora a região Sul concentre o maior número de ocorrências (171), seguida
pela Sudeste (136), há registros em todas as regiões do país. No Nordeste há 82
registros, no Centro-Oeste 37 e no Norte 21.
Essa forma de assédio está ocorrendo em todo território brasileiro. Estamos
apurando todas as denúncias, e nenhuma que chegar ao MPT vai ficar sem a
devida investigação, afirmou Pereira, que recomendou a todos os empregadores
que liberem seus empregadores para votar no dia 30, e não pressionem seus
trabalhadores para que votem no candidato de sua preferência.

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