Emprego formal perde ritmo, demissões crescem mais que admissões e salário diminui

Quem é contratado ganha menos do que aquele que é demitido
Entre contratações e demissões, o país teve saldo de 159.454 postos de trabalho
formais em outubro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados,
o “novo” Caged, divulgado nesta terça-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e
Previdência. O resultado, embora positivo, mostra redução do ritmo de
admissões, inferior ao de admissões, e salário menor. O estoque de emprego
chegou a quase 43 milhões (recorde de 42.998.607).
Entre os setores de atividade, houve forte concentração em serviços, com saldo
de 91.294 vagas. O comércio abriu 49.356, com a proximidade das festas de fim
de ano. A indústria e a construção civil ficaram mais próximas da estabilidade
(14.891 e 5.348, respectivamente), enquanto a agropecuária fechou 1.435 postos
de trabalho.
O saldo no ano é de 2.320.252 vagas. Mas o ritmo de admissões é menor que o
de demissões, segundo os dados do Caged. Enquanto as contratações cresceram
10,4% de janeiro a outubro, em comparação com igual período do ano passado,
os desligamentos aumentaram 15,4%. A criação de empregos com carteira, em
2022, se concentra também em serviços (1.263.899).
Ainda pelos dados divulgados hoje, o salário médio de admissão (R$ 1.932,93) é
2,4% menor que o de desligamento (R$ 1.981,39). Ou seja, quem entra ganha
menos do que aquele que perde o emprego. Essa situação se repete desde
fevereiro. O salário dos contratados também cai há dois meses.

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