Governo Lula vai fazer pente-fino nas compras de cloroquina por Bolsonaro

Está na mira, inclusive, a doação de 2 milhões de doses de cloroquina dos EUA
ao Brasil, pouco antes de o país revogar a autorização de uso emergencial do

remédio contra Covid

O governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deverá passar uma
espécie de “pente-fino” nos contratos para a aquisição de vacinas de cloroquina
assinados pelo governo Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia de Covid-19 no
Brasil.
Segundo a coluna do jornalista Jamil Chade, no UOL, integrantes da equipe de
transição no setor de saúde confirmaram “a intenção de que, uma vez no poder, a
nova administração busque esclarecimentos sobre as motivações por parte dessas
compras que, no caso da cloroquina, iam contra as orientações de cientistas e da
própria OMS [Organização MUndial de Saúde]”.
Ainda conforme a reportagem, um levantamento semelhante também deverá ser
feito junto ao Itamaraty, “o que também vai implicar o exame de temas
relacionados com a pandemia. Mas, segundo membros da equipe de transição, o
trabalho irá bem além da retirada dos sigilos de documentos confidenciais ou
telegramas sigilosos da diplomacia. No Ministério da Saúde, o objetivo da análise
é a de saber qual foi a cadeia de comando na tomada de decisões, de onde
vieram as orientações e como foi o processo de consultas com equipe técnica e
científica”.
Chade destaca que a doação de 2 milhões de doses de hidroxicloroquina por parte
dos Estados Unidos ao Brasil, como demonstração da solidariedade também
está na mira do novo governo, uma vez que o uso da droga no tratamento da
Covid já havia sido considerado ineficaz pela OMS quando o medicamento foi
entregue ao Brasil.
Pouco após enviar as doses ao Brasil, os Estados Unidos suspenderam a
autorização de uso emergencial que permitia que o fosfato de cloroquina e o
sulfato de hidroxicloroquina fossem utilizados no tratamento de pacientes
hospitalizados com Covid-19.

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