Espanha pós-reforma trabalhista tem redução de desempregados e recorde de contribuintes à seguridade

País fechou maio com 2,7 milhões de desempregados, menor número para o mês
desde 2008. Contratos temporários diminuem.

Dezessete meses depois da aprovação da reforma da legislação trabalhista, a
Espanha exibe indicadores positivos sobre o emprego. O número de
desempregados, por exemplo, somou 2.739.110 em maio, o menor para esse
mês desde 2008, segundo dados do Ministério do Trabalho e Economia Social
divulgados nesta semana. Em relação a 2022, são 183.881 pessoas a menos,
redução de 6,29%. No mês, menos 49.260 (-1,77%). A queda atingiu todos os
setores.
“Ainda são muitas (pessoas desempregadas), porém é menor quantidade desde
2008″, afirma a ministra Yolanda Díaz, também 2ª vice do governo espanhol. Em
dois anos, lembrou, o total de desempregados caiu em aproximadamente 1
milhão. “A reforma trabalhista, o aumento do salário mínimo e as políticas ativas
de emprego são instrumentos essenciais para acabar com um problema que
arrastamos há quatro décadas.”
Contratações
Além disso, destacou a ministra – que recentemente recebeu seu colega
brasileiro, Luiz Marinho –, o país atingiu a maior quantidade de pessoas que
contribuem para o sistema de seguridade social: 20,8 milhões. Ou exatos
20.709.078.
Apenas em maio, foram registrados 1,412 milhão de novos contratos, sendo 625
mil (44,25%) por tempo indeterminado. Esse era um dos principais problemas
apontados para justificar a revisão da legislação trabalhista: a excessiva
quantidade de contratos temporários. No mês passado, a porcentagem de
trabalhadores com contrato temporário se manteve próximo do mínimo histórico
de 14%. Antes da reforma, esse total chegava a 30%.
Setores e regiões
De acordo com os dados oficiais, o desemprego diminuiu em todos os setores
econômicos, em todas as regiões do país (as “comunidades autônomas) e tanto
para homem como mulheres. O total de jovens menores de 25 anos
desempregados (188 mil) também é o menor da série histórica.
Entre os setores, a queda em maio foi de 1,74% nos serviços, 2,07% na
indústria, 1,82% na construção e 2,3% na agricultura. No caso das mulheres, o
desemprego atinge 1.655.027 (-1,46%). São 1.084.083 homens desempregados
(-2,23%).

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