Lula prepara plano de investimento e obras para os 100 dias de governo

Nesta terça-feira (14), em Santo Amaro (BA), Lula vai relançar o
programa Minha Casa, Minha Vida, tendo como foco a faixa que inclui os

brasileiros mais pobres

Depois de debelar um golpe de Estado e ainda realizar diversas ações
nos primeiros 30 dias de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
prepara um plano de investimentos e um pacote de obras pelo país para
marcar os seus 100 dias de governo.
Nesta terça-feira (14), em Santo Amaro (BA), Lula vai relançar o
programa Minha Casa, Minha Vida, tendo como foco a faixa que inclui os
brasileiros mais pobres. Serão entregues 6.000 imóveis. O programa
será relançado em mais quatro estados.
Na área de infraestrutura, o presidente dará o pontapé relançado obras
na BR-101. A expectativa é investir de imediato R$ 2 bilhões na área.
Depois do carnaval, o presidente vai resgatar na Paraíba o Água Para
Todos.
O vice-líder do governo na Câmara, Renildo Calheiros (PCdoB-PE), diz
que a reconstrução do país é urgente após o desastre da gestão
Bolsonaro.
“O governo Lula já está trabalhando com afinco. Antes dos 100 dias de
governo a ideia é apresentar um plano de investimentos públicos para
incentivar a economia e retomar obras paradas ou em ritmo lento”,
informou Calheiros.

De fato, o governo Lula tem um elenco de realizações que contrasta com
o governo anterior marcado pela violência, fake news e negacionismo.
Recentemente, Lula anunciou R$ 600 milhões para reduzir fila de
cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS); retomou o Bolsa-Família
com exigência de vacinação das crianças, reajustou a merenda escolar e
recriou o programa Pró-Catador, extinto pelo governo passado.
Também são diversas ações na área do meio ambiente. O presidente
criou um grupo interministerial com foco em zerar o desmatamento em
todos os biomas até 2030.
Lula ainda reabriu canais de diálogo com diversos segmentos sociais,
recebendo no Palácio do Planalto líderes sindicais, agentes comunitários
de saúde, reitores e governadores.
O presidente também consegui responder de forma rápida e eficiente a
tentativa de golpe no 8/1, socorreu o povo Yanomami, garantiu vacina

contra Covid-19 para crianças e freou a entrega do patrimônio nacional
ao retirar Petrobras e Correios da lista de privatizações.
O Brasil também voltou ao cenário internacional com o presidente
articulando parcerias com países do Mercosul. Ele fez viagens à
Argentina e ao Uruguai, recebeu visita do chanceler alemão Olaf Scholz
e foi recebido nos Estados Unidos pelo presidente Joe Biden.

Joe Binden e Lula
O PT fez um balanço dos primeiros dias do governo Lula que
demonstram cronologicamente 31 ações desde a posse.
Confira:
1º/1 – Em sua posse como presidente, Lula convida o povo brasileiro
para subir a rampa ao seu lado e recebe a faixa de uma catadora de
materiais recicláveis, numa demonstração de que seu governo servirá a
todos os brasileiros, mas dará especial atenção aos que mais precisam.

1º/1 – Já no primeiro dia, Lula determina a retomada do Fundo da
Amazônia. Criado em 2008 para financiar projetos de fiscalização e
redução do desmatamento, o fundo está parado desde abril de 2019.
1º/1 – Outra medida adotada no primeiro dia foi a revogação do decreto
que segregava alunos com deficiência nas escolas.
1º/1 – Também foi assinado decreto que dá início ao processo de
reestruturação da política de controle de armas no país, com o objetivo
de ampliar a segurança da população brasileira.
2/1 – Lula retira Petrobras, Correios e outras seis empresas da lista de
privatizações, como prometeu fazer durante a campanha.
2/1 – O presidente determina que a Advocacia Geral da União (AGU)
investigue sigilos decretados por Bolsonaro e defina quais devem ser
tornados públicos.
2/1 – O Brasil volta a ter um Ministério da Cultura, comandado pela
cantora e ativista Margareth Menezes.
3/1 – Por meio do Ministério da Justiça, governo Lula determina
investigação sobre donos de postos que aumentaram o preço dos
combustíveis sem nenhuma justificativa.
6/1 – Na primeira reunião com seus ministros, Lula ressalta: “Temos que
levar o Estado aonde o povo mais precisa”.
6/1 – Após determinação de Lula, o ministro chefe da Secretaria-Geral da
Presidência, Marcio Macedo recria o Programa Pró-Catador. Criado por
Lula em 2010 e extinto por Bolsonaro em 2020, o projeto apoia os
catadores de materiais recicláveis.
8/1 – Depois de golpistas realizarem atos terroristas em Brasília, Lula
reage com veemência, intervém na segurança pública do DF e conclama
o Congresso Nacional, o STF e os governadores estaduais a defender a
democracia.
11/1 – Em mais um dia histórico, Lula dá posse à primeira ministra dos
Povos Originários, Sônia Guajajara. Na mesma cerimônia, cria-se o
Ministério da igualdade Racial, comandado por Anielle Franco.
11/1 – No mesmo dia, Lula sanciona lei que tipifica a injúria racial como
crime de racismo.
11/1 – Também anuncia o desejo de o Brasil sediar, em Belém, a COP-
30, conferência do clima da ONU que ocorrerá em 2025.

12/1 – Ministérios dos Direitos Humanos e do Desenvolvimento e
Assistência Social anunciam grupo de trabalho para ajudar as crianças
que ficaram órfãs durante a pandemia.
12/1 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresenta primeiras
medidas para tapar rombo no orçamento deixado pelo governo
Bolsonaro. Com as ações, Brasil vai reduzir ou até mesmo eliminar o
déficit previsto nas contas públicas para este ano.
17/1 – O ministro da Educação, Camilo Santana, anuncia que o piso do
magistério foi reajustado em 15% e passa a ser de R$ 4.420,55.
17/1 – Determinada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia a
recomposição integral do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico, garantindo mais recursos para a pesquisa brasileira.
17/1 – Ministério da Justiça anuncia criação do Observatório Nacional da
Violência contra Jornalistas, atendendo um pedido dos profissionais da
imprensa.
18/1 – Bolsa Família começa a ser pago com o valor de R$ 600, como
prometido na campanha. Em março, começa a transferência dos R$ 150
extras para cada criança com menos de 6 anos.
18/1 – Palácio do Planalto é reaberto à classe trabalhadora, que é
convidada para, junto ao governo, elaborar as políticas de valorização do
salário mínimo, de fortalecimento dos sindicatos e de regulamentação do
trabalho por aplicativo.
18/1 – Governo Lula anuncia a entrada do Brasil no Compromisso de
Santiago e na Declaração do Panamá, assumindo o compromisso de
promover a igualdade de gênero em diferentes esferas.
19/1 – Lula recebe reitores de universidades e institutos federais e
garante respeito à autonomia das instituições e mais recursos para a
área de ciência e tecnologia.
20/1 – O presidente sanciona a lei que reconhece os agentes
comunitários de saúde e de controle de endemias como profissionais do
SUS, atendendo uma reivindicação de 20 anos da categoria.
21/1 – Lula e ministros viajam a Roraima e constatam genocídio
praticado contra yanommis durante o governo Bolsonaro. Imediatamente,
é lançada uma operação de socorro aos indígenas.
22 a 26/1 – O presidente inicia sua primeira viagem internacional
visitando a Argentina e o Uruguai, numa forma de sinalizar que a

integração da América Latina será prioridade de seu governo. No dia 24,
Lula participa da reunião da Celac, a Comunidade de Estados Latino-
Americanos e Caribenhos.
27/1 – Lula se reúne com os 27 governadores e firma pacto pela
democracia e pelo desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Retomadas de obras paradas e ações na saúde são acordadas.
30/1 – Lula assina decretos dando às Forças Armadas, ao Ministério da
Defesa e ao Ministério da Saúde a missão de socorrer a população
indígena e acabar com os garimpos em seus territórios.
30/1 – Lula recebe o chanceler alemão, Olaf Scholz, e retoma aliança
estratégica entre Brasil e Alemanha. País europeu volta a ajudar na
preservação da Amazônia com doação de mais de R$ 1 bilhão.
31/1 – Brasil recebe as primeiras 1,8 milhões de doses da vacina infantil
da Pfizer contra a Covid. Até março, mais 15,6 milhões de doses serão
entregues.
31/1 – Presidente assina decretos que criam Conselho de Participação
Social no Governo.
31/1 – Lula retoma o Bolsa Atleta, destinando R$ 82 milhões para
competidores que vão da base até o alto rendimento olímpico e
paralímpico.

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