MP Eleitoral defende Bolsonaro inelegível por abuso de poder político

O ex-presidente será julgado por denunciar, sem provas, fraudes nas
urnas eletrônicas e colocar sob suspeita o sistema eleitoral brasileiro

durante reunião com embaixadores

O Ministério Público Eleitoral entregou ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), nesta quarta-feira (12) à noite, parecer no qual defende que a
corte torne Bolsonaro inelegível pelo crime eleitoral de abuso de poder
político.
O ex-presidente será julgado por denunciar, sem provas, fraudes nas
urnas eletrônicas e colocar sob suspeita o sistema eleitoral brasileiro
durante reunião com embaixadores estrangeiros em julho do ano
passado.

Além disso, Bolsonaro teria usado indevidamente a estrutura do Palácio
da Alvorada e os meios de comunicação oficial do governo, leia-se TV
Brasil, para atacar a Justiça Eleitoral.
Na ação do PDT, também foi incluída nos autos a chamada minuta do
golpe encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
Leia mais:  MP Eleitoral deve pedir condenação de Bolsonaro por ataques
às urnas
Pelo documento golpista, o ex-presidente decretaria Estado de Defesa
no TSE, anularia a eleição presidencial e afastaria os ministros da corte.
De acordo com o G1, o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet
Branco, afirmou que as provas reunidas indicam que houve abuso de
poder político de Bolsonaro. Sobre o candidato a vice-presidente, Braga
Netto, o parecer foi pela rejeição das acusações.
A expectativa é que o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito
Gonçalves, finalize seu parecer e libere o processo para julgamento na
próxima semana. Bolsonaro responde por mais 15 ações na corte.
Repercussão
Com o avanço do processo, a inelegibilidade de Bolsonaro passou a ser
defendida com mais ênfase.
“ATENÇÃO! A Procuradoria Eleitoral se manifestou favorável a que
Bolsonaro fique INELEGÍVEL por 8 anos! A ação questiona a grotesca
reunião com embaixadores para atacar o sistema eleitoral e a minuta do
golpe achada com Anderson Torres. BOLSONARO INELEGÍVEL E NA
CADEIA!”, escreveu no Twitter o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).
“ATENÇÃO! A Procuradoria Eleitoral se posicionou pela
INELEGIBILIDADE de Bolsonaro. A ação questiona o episódio em que o
ex-presidente, durante uma reunião com embaixadores, divulgou
informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro. Tem de responder
pelos crimes que cometeu!”, publicou a deputada Alice Portugal (PCdoB-
BA).
No mesmo tom, a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS)
comemorou o parecer: “BOLSONARO INELEGÍVEL E NA CADEIA! A
Procuradoria Eleitoral defendeu que Bolsonaro fique inelegível por 8
anos por causa da reunião bizarra que ele promoveu com embaixadores
estrangeiros para atacar as urnas eletrônicas. Mais que inelegível,
Bolsonaro deve ser preso!”.

“URGENTE! O Ministério Público Eleitoral (MPE) defende tornar
Bolsonaro inelegível por 8 anos. O MPE acredita que o ex-presidente
cometeu abuso de poder político e fez ataques ao sistema eleitoral
brasileiro”, postou o senador Humberto Costa (PT-PE).

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *