Pesquisa Ipec mostra Lula com 41% de avaliação boa ou ótima em quase três meses de governo

Índice é inferior ao de seus dois mandatos anteriores, mas superior ao de Jair

Bolsonaro

O terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não reproduz a
empolgação de seus dois governos anteriores. O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) começou o seu terceiro mandato com uma avaliação de governo
melhor do que a de Jair Bolsonaro (PL), seu antecessor, mas inspirando menos
empolgação do que em suas duas outras gestões. Segundo dados da mais
recente pesquisa Ipec, 41% dos brasileiros classificam a administração de Lula
como boa ou ótima. Outros 24% dizem que ela é ruim ou péssima, enquanto
30% consideram o início do governo regular aponta reportagem do jornal O
Globo que lembra que, em março de 2019, Bolsonaro era avaliado positivamente
por 34% da população, sete pontos percentuais a menos do que Lula.
Apesar de superar o adversário, Lula está aquém de seus dois mandatos
anteriores. Lula chegou a ter 51% de ótimo e bom em março de 2003, quando
governou o país pela primeira vez. Naquele momento, a reprovação era de
apenas 7%. Ao fim do mesmo mês de 2007, logo após a reeleição, o petista tinha
o endosso de 49% da população, contra 16% que o achavam ruim ou péssimo
acrescenta a reportagem.
A pesquisa mostra que a polarização política continua. Considerando esse
cenário, que é distinto do que o Lula encontrou nos outros mandatos, ele começa
num bom patamar. Os segmentos que aprovam o governo são os mesmos nos
quais Lula tinha uma intenção de voto maior: as pessoas que estudaram só até o
ensino fundamental, os moradores do Nordeste, aqueles com renda de até um
salário mínimo por mês e os católicos diz Márcia Cavallari, do Ipec.
O início do governo Lula expõe a dificuldade de aceitação no segmento
evangélico, em que tem números piores aos de sua média geral. Nesse grupo,
que corresponde a mais de um quarto da população, são 31% os que avaliam a
gestão petista como boa ou ótima, 32% os que a veem como regular, e 32% os
que a classificam como ruim ou péssima, aponta ainda a reportagem.
A pesquisa do Ipec realizou entrevistas presenciais com 2 mil pessoas de 16 anos
ou mais em 128 municípios do país entre os dias 2 e 6 de março. A margem de
erro máxima estimada é de dois pontos percentuais para mais ou para menos,
para um nível de confiança de 95%.

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