Plano de Guedes e Bolsonaro prevê salário mínimo e aposentadoria sem correção de inflação

Documento obtido pela Folha de São Paulo revela que plano do atual
governo é apresentar a proposta no dia seguinte às eleições.
por  Da redação

Alvo de críticas por ser o primeiro presidente desde o Plano Real a deixar
o salário mínimo menor do que encontrou por não oferecer ganho real,

Jair Bolsonaro (PL) pretende agravar ainda mais a situação com uma
PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que acaba com a correção do
salário mínimo e das aposentadorias pela inflação do ano anterior.
A Folha de São Paulo teve acesso a partes da proposta encabeçada pelo
ministro da Economia Paulo Guedes que seria apresentada um dia
depois às eleições em caso de vitória de Bolsonaro.
Na PEC, o salário mínimo e as aposentadorias passariam a ser
corrigidos pela meta de inflação do próximos ano – o que permitiria uma
correção abaixo da inflação.
Uma frente também debate a mudança para o IPCA (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo) na medição das correções, pois
apresenta um valor menor. O atual índice utilizado como referência para
reajustes salariais e benefícios previdenciários é o Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC).
Em projeção, com o INPC a reposição em 2021 foi de 10,16%. Com o
IPCA seria a metade, 5,03%, e se reajustado pela meta da inflação,
3,5%, diz a Folha. A proposta garantiria dinheiro fora do teto de gastos
para Bolsonaro cumprir promessas de campanha que não foram
previstas no Orçamento de 2023 enviado ao Congresso.

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