Produção industrial tem queda praticamente generalizada em 2022

Segundo o IBGE, setor está ainda aquém do nível pré-pandemia e 18,4% abaixo

do patamar recorde, de 2011

De setembro para outubro, a produção industrial brasileira ficou praticamente
estável, com variação de 0,3%. Se por um lado a atividade cresce 1,7% na
comparação com outubro de 2021, por outro cai 0,8% no ano e 1,4% em 12
meses. Os dados são do IBGE.
Com isso, diz o instituto, o setor industrial “se encontra 2,1% abaixo do patamar
pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,4% abaixo do nível recorde alcançado em
maio de 2011”. Além disso, com a “perda de ritmo” dos últimos meses, a média
móvel trimestral continuou caindo: -0,4%, ante -0,3% e -0,2% nos meses
anteriores.
Produtos alimentícios: alta
No mês, duas das quatro categorias econômicas e apenas sete dos 26 ramos
pesquisados mostraram crescimento. Destaque para produtos alimentícios (4,8%)
e metalurgia (4,6%). Já entre as 19 atividades em queda, estão veículos
automotores, reboques e carrocerias (-6,7%), máquinas e equipamentos (-9,1%)
e bebidas (-9,3%).
Na comparação com outubro de 2021, o IBGE apurou resultado positivo em três
das quatro categorias, nove dos 26 ramos, 29 dos 79 grupos e 44,2% dos 805
produtos. A atividade de produtos alimentícios, por exemplo, cresceu 12,2%, e a
do setor que inclui veículos automotores, 12,6%. Também teve alta a área de
indústrias extrativas (4,5%). Caíram, entre outros, setores como produtos de
madeira (-24,5%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-
2,3%), bebidas (-5,9%) e metalurgia (-3,7%).
No ano, maioria mostra retração
No acumulado do ano, queda nas quatro categorias econômicas, em 15 dos 26
ramos, 56 dos 79 grupos e 61% dos 805 produtos pesquisados. O IBGE destaca
indústrias extrativas (-3,2%), produtos de metal (-10,1%), metalurgia (-5,6%),
máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-11,0%) e produtos de borracha e
material plástico (-6,4%). Cita ainda produtos têxteis (-12,7%) e móveis (-
17,7%). No campo positivo, coque, produtos derivados do petróleo e
biocombustíveis (7,1%).
A categoria de bens de consumo duráveis cai 3,7% em 2022. Segundo o instituto,
isso se explica pela retração em eletrodomésticos (-14,1%), especialmente os da
chamada “linha branca” (-19,0%).

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