Sem rumo, oposição ataca STF e propõe anistia para golpistas

O líder da oposição, senador Rogério Marinho (PL-RN), diz ser favorável à
discussão de um processo de anistia como uma forma de “apaziguar” o país
Após um ano das ações golpistas do 8 de janeiro, os atos pró-democracia no país
evidenciaram a derrota do golpe e a certeza de que não haverá anistia para os
que participaram direta e indiretamente da invasão e depredação das sedes da
Praça dos Três Poderes.
Acuados e sem rumo, a oposição bolsonarista no Senado lidera um movimento
contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e diz ser favorável à discussão de um
processo de anistia como uma forma de “apaziguar” o país.
Na reunião de quarta-feira (31) com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(PSD-MG), o líder do movimento, senador Rogério Marinho (PL-RN), chega a
colocar no mesmo nível figuras ilustres da política brasileira com a corja golpistas.
“De 1890 para cá, houve 40 processos de anistia. A ex-presidente Dilma foi
presidente porque foi anistiada. Miguel Arraes e Leonel Brizola foram
governadores porque foram anistiados. Vários parlamentares exerceram
mandatos porque foram anistiados. Essa é a cultura do Brasil, do apaziguamento,
sem que haja possibilidade de que aqueles que cometeram crimes sejam
processados da maneira adequada, mas dentro da lei, e não se considerando uma
perseguição a um grupo político”, disse o senador bolsonarista.
Sem dúvidas, trata-se de uma fala fora de qualquer contexto, pois a
determinação é justamente contrária a essa perspectiva.
“Não há perdão para quem atenta contra a democracia, contra seu país e contra
seu próprio povo. O perdão soaria como impunidade”, disse Lula no ato
Democracia Inabalada.
O ministro do STF Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos sobre os atos
antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, reafirma o compromisso com a punição
dos culpados pelo ato fascista.
“Absolutamente todos aqueles que pactuaram covardemente com a quebra da
democracia e com a tentativa de instalação de um Estado de exceção serão
devidamente investigados, processados e responsabilizados na medida de suas
culpabilidades. Ignorar tão grave atentado à democracia e ao Estado de Direito
seria equivalente a encorajar grupos extremistas à prática de novos atos
criminosos e golpistas”, afirma o ministro.
A reação da oposição bolsonarista vem num momento em que a Polícia Federal
(PF) avança com as investigações que atingem parlamentares do grupo, tudo
amparado no inquérito aberto no STF, ou seja, dentro da legalidade.
Foi assim que os agentes realizaram busca e apreensão no gabinete do deputado
Carlos Jordy (PL-RJ), que teria teria repassado orientações sobre atos golpistas a
bolsonarista.
Do mesmo modo, a PF age nas investigações da “Abin Paralela” que atinge o
deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro
(Republicanos-RJ).

“SEM ANISTIA! Um esquema criminoso foi montado dentro da Abin para
monitorar o celular e tablet de cidadãos, sem autorização judicial e sem o
conhecimento do próprio monitorado. Que os criminosos paguem, dentro da lei,
pelo mal que causaram ao país e à democracia”, cobra no X o senador Humberto
Costa (PT-PE).

Fonte: Portal Vermelho

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