Senado aprova decreto de Lula sobre intervenção federal na segurança do DF

A votação demonstrou também o isolamento de senadores bolsonaristas,

apenas oito votaram contra a intervenção federal

Os senadores aprovaram nesta terça-feira (10), simbolicamente, a
intervenção federal na segurança do Distrito Federal (DF). O decreto do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva é uma resposta aos atos terroristas
que resultaram na depredação das sedes dos três poderes (Executivo,
Legislativo e Judiciário) no domingo (8).

Nesta segunda-feira (9), também de forma simbólica, a Câmara dos
Deputados aprovou a medida do governo.
Embora já esteja em plena vigência, o decreto será ainda promulgado
pelo Congresso Nacional. Portanto, entre os dias 8 a 31 deste mês,
todas as ações na área estarão sob o comando do governo federal.
A votação demonstrou também o isolamento de senadores bolsonaristas,
apenas oito votaram contra a intervenção federal. São eles: Carlos
Portinho (PL-RJ), Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Carlos Viana (PL-MG),
Eduardo Girão (Podemos-RN), Plínio Valério (PSDB-AM), Styvenson
Valentim (Podemos-RN), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Zequinha Marinho
(PL-PA).

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (POSD-MG), fez um duro
pronunciamento contra os atos promovidos por bolsonaristas radicais.
“Essa minoria antidemocrática não representa o povo brasileiro,
tampouco a vontade do povo brasileiro. Essa minoria golpista – e não há
outro nome – não irá impor sua vontade por meio da barbárie, da força e
de atos criminosos. Essa minoria extremista será identificada, um a um,
investigada e responsabilizada, assim como os seus financiadores,
organizadores e agentes públicos dolosamente omissos”, disse Pacheco.
Além de aprovar a intervenção, os senadores também acataram
sugestão do colega Omar Aziz (PSD-AM) para criação de uma comissão
externa a fim de acompanhar as investigações sobre os responsáveis
pelos atos terroristas na capital federal.
“É o momento de a gente mostrar que a democracia está em pé. E não
são vândalos, terroristas que vão derrubar a democracia. Nós não temos
o que temer. Nós temos é que manter a cabeça em pé e trabalhar pelo
Brasil. O Brasil precisa do nosso trabalho, do trabalho do presidente Lula,
que se elegeu”, disse Aziz.
O senador também defendeu que o dia 8 de janeiro de 2023 não seja
esquecido. “Que o Senado possa tornar essa data um símbolo da
resistência. Parabenizar os servidores da segurança, que tentaram de
todas as formas, sozinhos, impedir que fossem depredados o Senado
Federal e a Câmara Federal. Infelizmente, isso não pôde ser feito”,
lamentou.
“Aprovamos agora no Senado o decreto de intervenção federal na
segurança pública do DF. Uma medida necessária e urgente diante dos

atos terroristas que o Brasil presenciou. Vamos em frente atuando para
preservar a nossa democracia”, disse o líder do governo no Congresso,
senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

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