Servidores refutam proposta de 7,8% de reposição à mesa negocial

Unanimemente, os representantes sindicais recusaram a primeira proposta
encaminhada pelo governo, que previa reajuste nos salários de 7,8%, e 44% no
valor do auxílio alimentação. Entidades defendem reposição de, pelo menos,

13,5%.

A reunião, com os representantes dos servidores federais — sindicatos das várias
categorias e carreiras, fóruns e centrais sindicais —, foi na tarde desta terça-feira
(28), na segunda rodada da MNNP (Mesa Nacional de Negociação Permanente).
Segundo informações das entidades, foram mais de 3 horas de discussões e
pressão dos representantes dos servidores.
Governo avalia contrapostas
Diante da recusa da proposta do Executivo, o secretário de Gestão de Pessoas e
Relações do Trabalho do MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços
Públicos), Sérgio Mendonça se comprometeu em levar as contrapropostas
apresentadas para a ministra Esther Dweck, do MGI.
Dweck vai avaliar as demandas em nova reunião com os ministros da Fazenda, do
Planejamento e da Casa Civil, que integram a JEO (Junta de Execução
Orçamentária).
Até a próxima sexta-feira (3), conforme compromisso assumido por Mendonça, o
governo deve apresentar resposta às reinvindicações formuladas pelos servidores.
Desse modo, na próxima terça-feira (7), pode ser realizada a terceira rodada de
negociação para que as entidades se manifestem sobre a possibilidade de acordo.
Salário e auxílio alimentação
Na reunião, os representantes sindicais defenderam a necessidade e urgência na
concretização do acordo e encaminharam série de contrapropostas, a fim de
contemplar reajuste salarial acima do percentual apresentado pelo governo.
Os servidores defendem que há recursos acima dos R$ 11,2 bilhões que podem
ser utilizados, o que permitiria índice de reajuste maior.
Os representantes sindicais também defenderam que o governo busque outras
fontes de recursos disponíveis no orçamento de 2023 para conceder percentual
maior de reajuste no auxílio alimentação.

Os dirigentes sindicais, por meio das entidades, também voltaram a cobrar a
aprovação de regimento para o funcionamento da Mesa Negocial, a abertura das
mesas setoriais, além da revogação de conjunto de normas que ferem a
autonomia dos servidores e a liberdade sindical.
Proposta inicial do governo
Na primeira rodada de negociações, realizada dia 16 de fevereiro, o governo
propôs ao segmento reajuste linear de 7,8% e aumento no vale-alimentação de
R$ 200.
Caso a proposta tivesse sido aceita, passaria a valer em 1º de março e causaria
impacto de R$ 11,2 bilhões nas contas públicas.

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