Bolsonaro não vê Michelle como candidata e acha que ficará inelegível

Ex-presidente encontra esposa nos EUA após 47 dias separados; Bolsonaro diz

que retorna ao Brasil em 29 de março

O ex-presidente Jair Bolsonaro, que abandonou os últimos dias de mandato rumo
aos Estados Unidos após perder as eleições para Lula, anunciou que pode retornar
ao Brasil no dia 29 de março. A indicação foi feita durante encontro com
brasileiros nos EUA, na terça-feira (14), com a presença da ex-primeira-dama
Michelle Bolsonaro, que foi ao seu encontro depois de 47 dias separados. Ela
havia retornado ao Brasil em 26 de janeiro e ficou todo o mês de fevereiro e as
primeiras semanas de março no Brasil.
O período de distanciamento foi marcado pela especulação de que Michelle
poderia sair candidata para algum cargo Executivo pelo partido de Bolsonaro, o
PL. O motivo seria o desgaste do ex-presidente com os seguidos escândalos –
sendo o último o caso das joias – e a quase certeza de sua inelegibilidade dada
pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Com essa avaliação, ela poderia herdar o que existe de apoiadores do marido.
Para avaliar o potencial como candidata, a sigla de Valdemar Costa Neto
encomendou pesquisas internas para avaliar a receptividade ao nome. A ideia
incomodou Bolsonaro que desaprovou a realização das pesquisas pelo PL.
O próprio Bolsonaro admitiu no encontro com empresários que a inelegibilidade é
possível e afirmou que Michelle não será candidata a nenhum cargo Executivo, no
entanto avaliou que sua esposa tem habilidades políticas.
Ao que parece o ex-presidente não quer a esposa disputando o cargo que já
ocupou, mas admite a possibilidade de que concorra para cargos legislativos.
Como tudo ainda pode mudar, a única certeza é que o encontro dos dois servirá
para que alinhem a narrativa sobre o caso das joias da Arábia Saudita, uma vez
que ambos estão envolvidos no caso.

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