Centrais sindicais: greve geral vai parar o Brasil contra reforma da Previdência

Trabalhadores afirmam a relator da PEC que compreendem necessidade de o país
modernizar as regras para a aposentadoria da população, mas proposta de
Bolsonaro é excludente e privilegia apenas alguns setores da sociedade
São Paulo – Representantes de cinco centrais sindicais, após reunião em Brasília,
nesta terça-feira (21), com o relator da reforma da Previdência, o deputado
Samuel Moreira (PSDB-SP), alertaram o Congresso Nacional que, se a proposta
de reforma da Previdência continuar tramitando, o Brasil vai parar. Eles
confirmaram a organização de uma greve geral em 14 de junho e a adesão a uma
nova edição do “tsunami da educação”, no próximo dia 30, em apoio ao
movimento estudantil em defesa da educação pública de qualidade e contra os
cortes orçamentários de instituições federais de ensino pelo governo. “Vamos à
maior greve geral da história do Brasil, no dia 14, contrária a reforma da
previdência”, acrescentou o secretário de Assuntos Jurídicos da CUT, Valeir Ertle.
Os representantes disseram que compreendem a necessidade do país de
modernizar a previdência, adequando as regras de aposentadoria a uma nova
realidade econômica e social. Entretanto, não é esta a proposta encaminhada pelo
governo que deve ser discutida. “Nós colocamos à disposição o seguinte: tem que
parar essa reforma e fazer um amplo debate com a sociedade para discutir uma
reforma verdadeira. A CUT defende uma previdência pública e universal, onde
todos estão dentro dessa previdência, de juízes a militares”, afirmou Valeir.
O deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (SD-SP), presidente
licenciado da Força Sindical, disse que o relator da Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) 6/2019 reconheceu a dificuldade em aprovar pelo menos
quatro pontos da reforma, além de não compreender algumas regras elaboradas
pela equipe econômica do governo.
“Ele não consegue aprovar o Benefício de Prestação Continuada (BPC), as novas
regras para professores e trabalhadores rurais, nem a capitalização. Ele ainda
reconhece que ninguém entende a transição. São 20 páginas sobre transição e
parece que as pessoas não vão se aposentar nunca mais“, disse Paulinho ao
repórter Uélson Kalinovski, da TVT.
Ainda de acordo com representantes das centrais, mesmo que governo e
Congresso cheguem a um acordo e retirem esses quatro pontos da reforma, os
trabalhadores continuarão trabalhando nas ruas para impedir a aprovação da
PEC.

Fonte: Rede Brasil Atual

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