Copom deve reduzir taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual

Comitê divulga nesta quarta (1) a Selic que pode cair de 12,75% ao ano
para 12,25%. Alckmin diz que juros “precisam cair mais depressa”

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) define
nesta quarta (1), a taxa básica de juros, a Selic. Na sétima reunião de
2023, que teve início nesta terça (31), a expectativa é que o órgão
reduza a taxa dos atuais 12,75% ao ano para 12,25%.

Este deverá ser o terceiro corte desde agosto, quando a autoridade
monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário. Após sucessivas
quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda
metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos
emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e
Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da
economia.
Ela é o principal instrumento da autoridade monetária para manter a
inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de
mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para
manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.
Na véspera da decisão sobre a taxa básica de juros (Selic), o vice-
presidente da República, Geraldo Alckmin, disse esperar que os juros
possam cair ainda mais.
“Os juros estão caindo. Amanhã esperamos que caiam mais ainda. E
precisa cair mais depressa”, disse Alckmin, que também acumula o cargo
de ministro da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em discurso
durante a cerimônia de posse da nova diretoria da Confederação
Nacional da Indústria (CNI), nesta terça (31), em Brasília.
“Não depende só da gente porque o Banco Central tem autonomia, mas
eu acho que as condições para a redução dos juros estão sendo
colocadas”, pontuou.
Depois da pressão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e
de setores da sociedade civil, o Copom começou um novo ciclo de
queda. Com a inflação controlada, os BC passou a reduzir em meio
ponto percentual a taxa de juros Selic.
Com isso, em setembro, o Brasil deixou de ter a maior taxa de juros reais
do mundo — lugar que ocupava desde outubro de 2022.
A lista mostra que o país foi superado pelo México depois que o Comitê
de Política Monetária (Copom) anunciou corte de 0,50 ponto percentual
na taxa básica de juros do país, para 12,75% ao ano.
O juro real é formado pela taxa de juros nominal do país subtraída a
inflação prevista para os próximos 12 meses. É uma medida de
comparação de aperto monetário entre vários países.

Com a redução anunciada em setembro, os juros reais do país ficaram
agora em 6,30%. Em primeiro lugar, o México acumula juros reais de
6,61%.
Fonte: Vermelho

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