CPMI do Golpe quer chegar aos financiadores do atentado a bomba em Brasília

A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), diz que ao
episódio teve como objetivo de destruir a democracia brasileira.

A Comissão Parlamentar de Mista de Inquérito que investiga os atos
golpistas do 8/1, a CPMI do Golpe, ouve depoimentos de policiais civis
do Distrito Federal e de George Washington de Oliveira Sousa,
condenado por planejar atentado em Brasília.
De acordo com o perito da Polícia Civil Renato Carrijo, a bomba armada
por George Washington e Allan Diego dos Santos, em 24 de dezembro,
foi fabricada com explosivo usados para destruir rochas.
Os dois se encontram presos. Welington Macedo, outro envolvido,
continua foragido.
A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), diz que ao
episódio teve como objetivo destruir a democracia brasileira.
Ela elogiou a celeridade da investigação feita pela Polícia Civil do DF,
ressaltando, no entanto, que ainda há dúvidas sobre o financiamento e
sobre a participação de outras pessoas na tentativa de explosão do
caminhão de combustível.
Quem financiou o atentando? É o principal questionamento feito pela
líder do PCdoB na Câmara, Jandira Feghali (RJ), integrante do
colegiado.
“George Washington  de Oliveira, o bolsonarista que está preso por
tentativa de atentado a bomba no aeroporto de Brasília no dia 24 de
dezembro, viajou do Pará até a capital com um verdadeiro arsenal a
bordo de uma Mitsubishi que custou R$ 326 mil reais. O delegado que
prestou depoimento na CPMI disse que este veículo foi comprado à vista.
Como o senhor George Washington pagou pelo carro, se o seu salário
declarado é de R$ 5 mil? Ou melhor: quem o financiou?”, questionou a
deputada.
“O efeito final do bolsonarismo é um carro bomba prestes a explodir em
um aeroporto! O roteiro do golpe começa muito antes do 08/01. Há anos
a extrema direita manipula famílias, comportamentos e sentimentos de
fé, promovendo desinformação, ódio e violência”, afirmou o deputado
Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ).

Jandira Feghali na CPMI
Atentado
Os artefatos só não explodiram por erro de montagem. Em plena véspera
de Natal, o policial diz que os condenados tinham em mãos uma bomba
de consequências terríveis, pois a tentativa era explodir o caminhão de
combustível próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília.
O diretor do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime
Organizado da Polícia Civil do DF, Leonardo de Castro, confirmou que os
dois envolvidos presos também estiveram na tentativa de invasão da
sede da Polícia Federal, em Brasília, em 12 de dezembro. Os dois
eventos são investigados pela CPMI como fatos ligados ao 8/1.

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