Desigualdade salarial entre negros e brancos persiste, diz Dieese

Boletim Especial do Dia da Consciência Negra, divulgado pelo Dieese, mostra que
a desigualdade salarial entre negros e não negros persiste no mercado de
trabalho. Apesar de em 2022 a retomada das atividades econômicas
impulsionarem a geração de novas vagas de trabalho, os trabalhadores negros
recebem salários menores.
De acordo com o Boletim, a renda média mensal dos homens não negros no
segundo trimestre de 2022 foi de R$ 3.708,00, enquanto a mulher não negra
recebeu média de R$ 2.774,00 por mês. Já a trabalhadora negra recebeu R$
1.715,00 mensais e o homem negro, R$ 2.142,00. Desta forma, a mulher negra
teve salário 46,3% menor do que o homem não negro.
“A diferença entre os rendimentos é constante nos dados do mercado de trabalho
e precisa ser modificada a partir de políticas públicas e sensibilização da
sociedade. Não importa somente elevar a escolaridade da população negra, mas
sensibilizar a sociedade em relação à discriminação existente no mercado de
trabalho, que penaliza parcela expressiva de brasileiros”, sugere o Boletim do
Dieese.
Desemprego – Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (PnadC), do IBGE, a taxa de desocupação total foi de 9,3% no segundo
trimestre de 2022, menor do que o registrado nos três anos anteriores – 12,1%
em 2019, 13,6% em 2020, 14,2% em 2021. Apesar disso, a dificuldade de
reinserção no mercado de trabalho enfrentado pelas mulheres negras é maior.
No segundo trimestre de 2022, as trabalhadoras negras representavam 13,9% na
taxa de desocupação, enquanto as mulheres não negras registraram 8,9%. Os
homens negros ficaram em 8,7% no nível de desocupação, enquanto os não
negros ficaram com a menor taxa registrada, 6,1%.

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