Estreias de seleções na Copa são marcadas por protestos

Irã, Alemanha, Inglaterra e Dinamarca levaram para dentro de campo

manifestações.

A primeira rodada de jogos da Copa do Mundo de futebol masculino foi
marcada por protestos. A seleção do Irã não cantou o hino nacional. Os
ingleses se ajoelharam antes do início da partida. Os alemães se
perfilaram para a foto com as mãos tampando a boca. Já a seleção da
Dinamarca está utilizando uniformes monocromáticos e a comissão
técnica é uma das mais críticas fora de campo.
O jogo entre Inglaterra e Irã teve protestos realizados pelas duas
equipes. A  seleção inglesa se ajoelhou , assim como acontece nos jogos
do campeonato no país, em manifestação pela luta antirracista.
No caso da seleção iraniana o protesto foi contra o regime teocrático do
país e a repressão que acontecem com as mulheres. O Irã está envolto
em manifestações populares desde a morte da jovem Mahsa Amini,
espancada pela “polícia da moralidade” por não utilizar o hijab (a
vestimenta das mulheres com véu) como entendem ser o correto.
Nas arquibancadas, as iranianas, proibidas de ir ao estádio em seu país,
assim como demais torcedores, protestaram com mensagens em
camisas e faixas.
No caso da seleção alemã, o protesto foi direcionado à censura da Fifa,
organizadora da Copa, que  proibiu manifestações de apoio à
comunidade LGBTQIA+ , criminalizada no Catar. Diversas seleções
pretendiam que o capitão da equipe entrasse em campo com uma
braçadeira com as cores do arco-íris, em respeito à diversidade e aos
direitos humanos.
No caso dos dinamarqueses os protestos começaram pelo uniforme
utilizado. Com os uniformes monocromáticos, sem grandes contrastes
além dos números, a ideia foi chamar a atenção para os direitos dos
trabalhadores violados durante a organização do evento. Diversas
denúncias foram realizadas de que trabalho análogo à escravidão foi
utilizado para a construção dos estádios, além de mortes por falta de
segurança no trabalho que ocorreram durante o processo.
Também por conta da proibição da braçadeira de capitão em protesto
pela diversidade, a Confederação Dinamarquesa de Futebol chegou a
anunciar em coletiva de imprensa que analisa se desfiliar da Fifa e não
apoiar os atuais mandatários da organização.

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