Lideranças apontam Pacheco como candidato do campo democrático no Senado

O atual presidente do Senado disputa a reeleição contra o senador eleito
pelo Rio Grande do Norte Rogério Marinho (PL), um bolsonarista raiz
por  Iram Alfaia

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
Os senadores vão eleger nesta quarta-feira (1º), às 15h, o presidente do
Senado e os demais membros da Mesa. A disputa gira em torno de duas
candidaturas representando forças políticas opostas: a do atual

presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), notadamente do
campo democrático; e a de Rogério Marinho (PL-RN), o chamado
bolsonarista raiz.
Em recente jantar promovido pelo PL, Marinho declarou lealdade ao ex-
presidente que é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) como
um dos autores intelectuais dos atos golpista do domingo, dia 8 deste
mês, quando houve invasão e depredação dos prédios do Congresso,
Palácio do Planalto e Supremo.
O ex-ministro do Desenvolvimento Regional de Bolsonaro também
promete agir para proteger seus colegas contra ações do Supremo
Tribunal Federal (STF). Bolsonaristas naquela Casa defendem
impeachment, por exemplo, do ministro da Corte Alexandre de Moraes.
A vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, Perpétua Almeida
(PCdoB-AC), fez referência, na sua rede social, ao afago de Marinho a
Bolsonaro na confraternização do PL.
“Atenção, democratas do Senado! Depois do dia 8 de janeiro de 2023,
um dia triste para nossa democracia e da tragédia dos Yanomami, não
tem justificativa apoiar candidaturas que representam a face mais cruel
da humanidade: o bolsonarismo”, observou Perpétua.
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-
AP), disse que a candidatura de Rodrigo Pacheco é pela democracia.
“Ele foi essencial para demonstrar a força do parlamento contra o
golpismo. Agora o seu papel será fundamental para a reconstrução do
país nesse momento histórico”, avaliou.
O líder do PT no Senado, Fabiano Contarato (PT-ES), afirmou que um
dos principais motivos que levaram os parlamentares da legenda a
apoiar a recondução de Pacheco foi, justamente, a postura em defesa da
democracia durante os atos antidemocráticos de 7 de setembro do ano
passado e dos atos terroristas de 8 de janeiro.
“O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, demonstrou um
comportamento em defesa da democracia irrefutável. Eu acho que o
melhor terreno para plantar e colher direitos é a democracia. Então, em
momentos decisivos, ele, como presidente do Senado, teve uma atuação
firme”, disse.
“Neste momento, a bancada do PT no Senado defende, obviamente, a
reeleição do presidente, senador Rodrigo Pacheco”, completou
Contarato.

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