Lula lança Movimento Nacional pela Vacinação e é imunizado por Alckmin

Durante cerimônia, Lula chamou atenção para a importância da
vacinação na prevenção de diversas doenças e salientou: “tomar vacina

é um gesto de responsabilidade”

Ao lado de Zé Gotinha, Lula é vacinado por Alckmin. Foto: Ricardo Stuckert
Nesta segunda-feira (27), durante o lançamento do Movimento Nacional
pela Vacinação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu dose do
imunizante bivalente contra a Covid-19, aplicada pelo seu vice, o médico
Geraldo Alckmin (PSB). Com eles estava também o mascote da
imunização, Zé Gotinha, que recupera seu espaço após ter sido anulado
pelo negacionismo bolsonarista.
Além de iniciar o uso da bivalente em âmbito nacional, a cerimônia teve
como foco estimular a população a se imunizar contra diversas doenças.
Apesar de o Brasil já ter sido referência por sua ampla cobertura vacinal,
nos últimos anos o discurso negacionista do ex-presidente e a falta de
gestão da saúde derrubaram essa taxa, o que se refletiu não apenas no
alto índice de pessoas que se negam a tomar a vacina contra a Covid-19
como também no retorno de doenças infantis antes erradicadas.
Segundo dados do DataSUS, a cobertura vacinal contra poliomielite —
que havia sido erradicada em 1994 — e com a tríplice viral, que antes
era de 100% para cada, caiu para 72% e 63,9% respectivamente, entre
2013 e 2022.

Já no caso da vacina contra a Covid, apenas 42% da população
vacinável (com três anos ou mais) tomou a segunda dose ou dose única;
no caso da primeira dose, o índice é de 60%. Com a terceira dose, a taxa
vai a 67% da população vacinável, que é de 18 anos ou mais.
“Queria fazer um apelo a cada mãe, a cada avó, a cada pai, a cada avô,
adolescente e a cada criança: não acreditem no negacionismo. Não
querer tomar vacina é um direito de qualquer um, mas tomar vacina é um
gesto de responsabilidade e de garantia que você vai passar para sua
família”, disse Lula.
O presidente destacou ainda que “daqui para frente, quando vocês virem
um aviso na TV, no rádio, que estão dando vacina na cidade de vocês,
não sejam irresponsáveis. Vão lá tomar a vacina. Essa é a única garantia
de não morrer por falta de responsabilidade”.
E salientou: “Não posso compreender uma mãe que se recusa a levar
um filho para tomar vacina contra uma possível paralisia infantil. Ou seja,
na hora de não dar a vacina pode parecer bonito. Mas a hora em que a
criança pega a paralisia, aí a gente vai sofrer para o resto da vida uma
coisa que a gente poderia ter evitado”.

A ministra da Saúde, Nisia Trindade, fez um chamado aos demais entes
federativos e à população para se engajarem na luta pela vacinação.
“Vamos proteger nossas vidas. Esse movimento tem que ser do governo
federal, dos governos estaduais, municipais, de toda a sociedade. É o
movimento em defesa da vida. União e reconstrução. Viva o SUS. Viva a
volta do Zé Gotinha”, declarou.
Calendário
Com o lançamento da campanha de vacinação com a bivalente, serão
imunizados, neste primeiro momento, idosos acima de 70 anos, pessoas
imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições
permanentes, indígenas, ribeirinhos e quilombolas.
Na segunda etapa, prevista para iniciar a partir de março, o reforço da
vacinação contra Covid-19 será focado em toda população acima de 12
anos e para as crianças e adolescentes.
A quarta etapa começa em abril com a campanha da influenza e, a partir
de maio, a quinta etapa terá um chamamento para atualização de
caderneta de vacinação com as vacinas de todo o Calendário Nacional
de Vacinação, com ações nas escolas do país.

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