Lula vai barrar privatização de Petrobras, Correios e Porto de Santos

A ofensiva privatista da gestão Jair Bolsonaro está com os dias contados.
Conforme levantamento do Poder360, governo Lula “deve frear ao
menos sete privatizações e rever a desestatização do Porto de Santos”

 

A ofensiva privatista da gestão Jair Bolsonaro (PL) está com os dias
contados. O futuro governo Lula (PT) – que se inicia no próximo dia 1º de
janeiro – vai interromper a venda de empresas estatais estratégicas.
Uma das prioridades é estancar a perda de refinarias da Petrobras e da
Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil.
Segundo o senador Jean Paul Prates (PT-RN), integrante do Grupo de
Trabalho (GT) Minas e Energia na transição, o governo Lula quer
suspender desde já a venda de ativos da petroleira. Para formalizar o
pedido ao atual governo, interlocutores do presidente eleito já se
reuniram com o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e também
querem dialogar com a direção da estatal.
Prates afirma que é inviável paralisar “processos mais avançados de
venda”. Por isso, a o objetivo é interromper negociações que estejam em
fase inicial. De acordo com o senador, Sachsida se comprometeu a
colaborar. “O ministro anunciou que não vai haver surpresas nem
sobressalto nesse período de final de governo.”
Conforme levantamento do Poder360, divulgado nesta quarta-feira (23),
a Petrobras não é a única empresa que será revalorizada. O governo
Lula “deve frear ao menos sete privatizações e rever a desestatização do
Porto de Santos”, informa o site. “O número considera as refinarias à
venda pela Petrobras e a TBG (Transportadora Brasileira Gasoduto
Bolívia-Brasil), ainda sem fechamento dos contratos, além da
privatização dos Correios e da Dataprev.”
“Nós nos manifestamos várias vezes – o presidente Lula também –
contra a venda de ativos dessa forma que está sendo feita”, lembrou
Prates. “Não quer dizer necessariamente que não haja venda de ativos
no futuro – mas isso é uma avaliação que vai caber com muita
parcimônia e cuidado à nova gestão.”
O leilão do Porto de Santos, que está em análise no TCU (Tribunal de
Contas da União), também será revertido, preservando a autoridade
portuária nas mãos do Estado. “Num porto como o de Santos – que é o
maior da América Latina –, o Estado (pode) perder a capacidade de se
planejar e de ser um instrumento de desenvolvimento. Essa é uma das
nossas preocupações em relação ao modelo que está lá”, diz Maurício
Muniz, membro do GT Infraestrutura na transição.
Outra meta é salvar os Correios do entreguismo bolsonarista. Na sexta-
feira (18), o ex-ministro Paulo Bernardo, membro do GT Comunicações,
disse que a transição solicitará o fim da privatização da empresa já nos
primeiros dias do mandato de Lula. “Nossa ideia é recomendar tirar,
acabar com essa história de privatizar os Correios”, afirmou Bernardo. “A
gente antevê o que o presidente pensa sobre isso.”

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